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(Foto: Getty Images)

 

A decisão da China de aumentar o controle sanitário sobre alimentos importados, incluindo a testagem para Covid-19 na carne in natura destinada ao processamento no país, tem sido motivo de tensão entre as empresas brasileiras.

Considerada excessiva por não existir embasamento científico que comprove a contaminação humana pelo produto, a medida não foi bem recebida pelo setor, segundo fontes ouvidas por Globo Rural.

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Questionado na última sexta-feira (24/7), o Ministério da Agricultura ainda não informou como as regras afetarão o Brasil e se as empresas brasileiras terão de emitir o certificado de testagem antes de embarcar o produto para o país.

“Acho que a gente já tem uma estrutura de fiscalização que procura oferecer uma boa qualidade para o produto. Exigir um pouco mais disso agravaria a situação, geraria mais despesas e é um posicionamento muito severo para um setor que está querendo oferecer um produto de qualidade”, defende o analista de mercado da IHS Markit, Aedson Pereira.

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Segundo ele, as empresas têm evitado comentar o assunto para evitar gerar mal entendidos com o país que se tornou destino de 40% da carne bovina exportada pelo Brasil no último semestre.

“De fato, ninguém quer comentar”, reconhece outro analista ao destacar que algumas empresas já pensam em desistir de exportar para a China diante das recorrentes mudanças nos requisitos sanitários.

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Globo Rural entrou em contato com a Associação Brasileira de Proteína e Animal (ABPA) e com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), mas ambas afirmaram que não comentariam o assunto no momento.

De acordo com fontes próximas do governo, a edição de novas regras passa por um processo de negociação entre Brasil e China, já que a sua implementação é discutida caso a caso, exportador por exportador. Com isso, o Ministério da Agricultura brasileiro ainda busca uma forma de retirar a possível barreira às exportações.

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O maior risco, explica o analista que pediu para não ser identificado, seria caso ocorresse algum resultado positivo na carne brasileira enviada à China, o que, segundo ele, pode “desestruturar todo o mercado de carne”.

Das seis unidades frigoríficas com habilitações supensas para exportar para a China no último mês, duas encerraram os embarques de forma voluntária. “Isso também não foi por acaso. O governo federal, quando precisa, intervém para mostrar aos principais clientes do Brasil que nosso produto é de qualidade e que ele pode confiar”, aponta o analista.
Source: Rural

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