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(Foto: Divulgação/Basf)

 

Produtores interessados em plantar hortaliças e frutas orgânicas passam a ter nova opção de fungicida biológico para controle de manejo. A Basf lançou nesta segunda-feira (27/7) um biofungicida com a promessa de poder ser aplicado em qualquer fase do cultivo para evitar a entrada de patógenos em folhas e frutos.

Disponível para 41 culturas entre as principais folhosas, leguminosas, frutas no dia a dia, e ainda culturas ornamentais, como plantas e flores, a novidade mira em um mercado que movimenta R$ 700 milhões por ano em mais de 10 milhões de hectares, segundo a própria empresa.

Queremos chegar em até 5% de market share no mercado de biológicos

Rodrigo Pifano, gerente de marketing de cultivos de hortifrúti da Basf

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Interessada em uma fatia deste negócio milionário, a Basf pretende conquistar até 5% da participação ainda em 2020, segundo Rodrigo Pifano, gerente de marketing de cultivos de hortifrúti da multinacional alemã. 

Ele explica que ainda não há projeção específica de market share do novo produto no segmento de biológicos para o nicho de hortifrúti, mas afirma que em seis meses “queremos chegar em até 5% de market share no mercado de biológicos” sem distinção de culturas.

Em relação ao preço do fungicida, Pifano revela que, para o produtor que já está acostumado com produtos biológicos, não há muita distinção. “É o mesmo patamar, não tem diferença nenhuma, não vai agregar custo para o produtor”.

Já em comparação aos químicos convencionais, Pifano admite que a empresa “não tem uma comparação muito clara”, pois depende de variáveis como o alvo, a situação e a forma de aplicar o produto. “A gente não está trabalhando com biológico comparando [com o químico]. A gente não está pensando em substituir pelo químico, e sim agregar dentro do controle de manejo do produtor”, pondera.

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Momento oportuno

Desenvolvido por cinco anos e com aprovação do Ministério da Agricultura em novembro de 2018, o primeiro fungicida biológico da Basf chega ao mercado brasileiro em um momento oportuno. A venda de alguns produtos orgânicos prontos para consumo cresceu 50% no varejo nos seis primeiros meses de 2020, de acordo com a Associação de Promoção dos Orgânicos (Organis).

De acordo com Rodrigo Pifano, gerente da Basf, o consumo de orgânicos cresce entre 20% e 25% ao ano e a pandemia da Covid-19 chegou a impulsionar este negócio, com o advento da entrega domiciliar. Quem concorda  é Renato Agnelo, engenheiro agrônomo e mestre em produção vegetal pela Esalq/USP, que atua no interior de São Paulo e viu a demanda pelos agricultores crescer.

Nós tivemos um aumento dos deliveries e das feiras livres também. A exemplo do delivery de orgânicos, nós não estamos conseguindo ter produção suficiente para abastecer a demanda

Renato Agnelo,mestre em produção vegetal pela Esalq/USP

 

Agnelo informa que o consumo diário de hortaliças no Brasil é de 150 gramas, mas o indicado é 400 gramas. Para ele, com a expansão de produtos biológicos à disposição do produtor, o consumidor urbano tende a se interessar mais no consumo de hortifrúti como sinônimo de alimento saudável.

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Source: Rural

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