Skip to main content

(Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

 

Com efeitos desiguais nas diferentes economias mundiais, a Covid-19 deve achatar a curva de crescimento do consumo mundial de açúcar nos próximos anos, segundo observou Andy Duff, especialista global de açúcar do Rabobank. “Eu diria que as perspectivas são de retorno do crescimento já em 2021, mas talvez a taxas menores do que se esperava antes da Covid-19”, afirmou Duff durante evento online promovido pelo banco. Para o ano-safra 2019/2020, a previsão da instituição financeira é de uma queda de 1,3% no consumo mundial de açúcar, o que representa 4 milhões de toneladas a menos do que na temporada anterior.

“É claro já, dadas as medidas para reduzir a mobilidade e enfatizar o distanciamento social, que o consumo está sofrendo. E eu destacaria no momento, na visão da gente, países como a Índia, a China os dois países mais impactados”, explicou o analista, ao ressaltar a queda nas vendas de refrigerantes, setor industrial que concentra o consumo da matéria prima. De acordo com dados divulgados pela Pepsico e apresentados por Duff, as vendas de refrigerantes no segundo trimestre deste ano apresentaram queda de 26% na África, Oriente Médio e sul da Ásia.

Mundialmente, o crescimento do consumo de refrigerantes tem se concentrado justamente em países da Ásia, Oriente Médio e do Pacífico, o que deve atrasar a recuperação do mercado mundial de açúcar nos próximos anos. “Se a gente entende que esses mercados estão sofrendo, no momento, um impacto relevante por causa de lockdown e quarentena e talvez serão as regiões mais sensíveis a qualquer perda de crescimento econômico prolongada, a gente sabe que esse setor vai perder não só volume, mas também vai perder muito do crescimento esperado em condições normais”, afirma Duff.

saiba mais

Brasil voltará a dominar o mercado mundial de açúcar em 2020, diz Rabobank

Exportações aquecidas mantêm preço do açúcar elevado na safra 2020/2021, afirma Cepea

 
Source: Rural

Leave a Reply