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  (Foto: Paulo Pires/Divulgação FecoAgro)

 

 

 

 

 A Federação das Cooperativas Agropecuárias do Estado do Rio Grande do Sul (FecoAgro/RS) divulgou o levantamento dos custos de produção da soja e do milho, que sinalizam aumento da rentabilidade na safra 2020/2021. Na avaliação da entidade, considerando a relação de troca entre os preços e os custos de produção, o cenário macroeconômico neste ano será o melhor para o plantio das culturas nas últimas safras.

Os estudos mostra que o custo total de produção do milho subiu 9,83% para R$ 5.034,58 por hectare, mesmo assim a rentabilidade deve passar de R$ 395,40 por hectare para R$ 1.845,42 por hectare. O crescimento da margem para 35,65% ante os 8,63% da safra passada se deve ao aumento de 38,3% no preço ao produtor, considerando uma produtividade de 160 sacas por hectare em ambos casos.

Traduzindo em volumes, os cálculos mostram que o produtor gaúcho utilizará 117 sacas este ano para pagar os seus custos, ante as 147,2 sacas da safra anterior. A queda na relação de troca foi de 20,51%. Se considerado apenas o desembolso, será preciso colher 83,08 sacas nesta safra contra 108,73 necessárias no período passado, uma redução de 23,61%.

Soja

No caso da soja, o levantamento da FecoAgro/RS apontou uma alta no custo de 7,72%, ficando em R$ 3.643,02 por hectare. A rentabilidade foi estimada em 69,64% sobre a receita de R$ 2.536,98 por hectare. Na safra passada a margem foi de 20,41% sobre uma receita de R$ 691,63 por hectare. A produtividade considerada se mantem em 60 sacas por hectare o preço recebido sobe de R$ 68,00/saca em julho do ano passado para os atuais R$ 103/saca (alta de 51,47%).

Em volume, houve redução de 29,02% na produção necessária para pagar todos os gastos da lavoura, passando das 49,83 sacas por hectare do ciclo passado para 35,37 sacas nesta safra. Considerando apenas o desembolso, será preciso colher 24,14 sacas por hectare para cobrir os gastos, ante as 33,84 sacas por hectare da safra passada, uma melhora de 31,61%.

Segundo avaliação do presidente da FecoAgro/RS, Paulo Pires, os números indicam um cenário favorável para a próxima safra diante o patamar de preços agrícolas atuais e considerando uma safra normal. "Apesar da alta de custos, devido à desvalorização cambial, os preços dos produtos agrícolas subiram mais, remetendo a um momento positivo para o plantio do milho e da soja. É uma perspectiva muito boa, lembrando se tivermos preços e produtividade nestas condições na colheita, teremos uma grande probabilidade de o produtor ter uma boa rentabilidade", destaca.

De acordo com a FecoAgro/RS, a variação cambial pode impactar nos custos de produção, especialmente pelo fato de o produtor depender da importação da matéria-prima como fertilizantes. “Por outro lado, o dólar em patamares elevados em relação ao seu histórico reflete em preços agrícolas positivos”, diz a entidade.
Source: Rural

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