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(Foto: Getty Images)

 

Em um mundo onde crescem as preocupações com a qualidade dos alimentos que consumimos, o incremento de tecnologias por parte da indústria de alimentos se tornou regra para dar aos consumidores o máximo de informações possíveis sobre a origem dos produtos que ele está levando à mesa. 

Ao mesmo tempo, as inovações no setor não só ajudarão as empresas a atender essas demandas do mercado como também serão cruciais para a cadeia de proteína animal na adequação de suas atividades durante a retomada do mercado pós-pandemia da Covid-19.

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Tecnologias como Blockchain, Inteligência Artificial, Robótica, Cloud e Edge Computing já são realidade na indústria de alimentos, e têm ganhado relevância no segmento de carnes (bovino, suíno e aves) e demais produtos de proteína animal.

A partir dessas soluções, o mercado consegue obter dados de todo o processo de produção, reforçando assim a qualidade e elevando o valor agregado aos itens colocados à venda. É o que oferece o Centro de Competência para a Cadeia da Proteína Animal, que foi inaugurado pela Siemens há dois anos no Brasil, sendo a única plataforma de soluções tecnológicas do mundo e cuja localização deve-se à importância do país para o mercado global de carnes.

A automação nas unidades produtivas do setor está em linha também com as questões ligadas à sustentabilidade, como por exemplo a redução no desperdício de alimentos

 

Ao adquirir, por exemplo, a picanha para o churrasco do fim de semana ou o filé de frango para o almoço com a família, já é possível saber a origem da carne, onde o animal foi criado, ração dada durante o seu desenvolvimento, se houve alteração em seu desenvolvimento. Informações que hoje já são recomendadas pelos órgãos de Saúde e Vigilância Sanitária e que estarão cada vez mais presentes nos produtos que consumimos.

Soluções inovadoras também serão essenciais para as companhias se diferenciarem no mercado no período de retomada da economia no pós-pandemia. Por meio do Centro de Competências para a Cadeia da Proteína Animal, é possível simular diversas atividades e prever o rendimento da linha de produção antes mesmo de colocar o serviço em prática.

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Simulação de máquinas antes de colocá-las em operação, testes de quantas pessoas serão necessárias para atingir determinado nível de produção, quantidade de energia que será consumida, tempo de espera do operador até a saída de um lote, entre outras iniciativas são todas realizadas hoje virtualmente.

A automação nas unidades produtivas do setor está em linha também com as questões ligadas à sustentabilidade, como por exemplo a redução no desperdício de alimentos. Antes, caso um frigorífico tivesse um problema de contaminação em parte da carne produzida, por exemplo, a empresa era obrigada a jogar fora quilos e quilos do alimento para evitar que algo estragado chegasse ao consumidor.

Seja para informar o consumidor sobre o produto que ele está adquirindo ou otimizar a linha de produção, hoje se faz necessário introduzir as novas tecnologias no setor de proteína animal

 

Ao rastrear toda a cadeia de produção de produção por meio da tecnologia Blockchain, esse tipo de imprevisto é facilmente detectado, sendo necessário descartar apenas o lote específico que foi contaminado.

A digitalização da cadeia também acaba com o uso de papel ao longo do processo de produção, e tem feito a diferença neste período de pandemia por conta da redução no número de colaboradores atuando simultaneamente.

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Ao utilizar tecnologias como Cloud, Edge Computing e MES/MOM (Manufacturing Execution System/Manufacturing Operation Management) para o uso de dados dentro da unidade, essa inovação põe fim ao sistema de informações manual com o uso do papel, otimizando as atividades e agilizando todo o processo produtivo. Soluções de Edge Computing, inclusive, têm grande potencial no segmento pela possibilidade de análise de dados e Inteligência artificial local sem a necessidade de conexão em nuvem.

Seja para informar o consumidor sobre o produto que ele está adquirindo ou otimizar a linha de produção, hoje se faz necessário introduzir as novas tecnologias no setor de proteína animal. Dessa forma, tendo a inovação como uma aliada, empresas e produtores poderão atuar de forma resiliente, se adaptando melhor às demandas imprevisíveis do mercado principalmente em tempos de pandemia.

*Marcelo Suzuki é head Global do Centro de Competência para a Cadeia da Proteína Animal da Siemens

**Lauri Miguel é desenvolvedor de Negócios para Alimentos e bebidas da Siemens
Source: Rural

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