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(Foto: Lizz Kezzy/Embrapa)

 

 

 

 

 

 

 

Uma pesquisa conduzida pela Embrapa Tabuleiros Costeiros (Aracaju-SE) avalia o potencial e a viabilidade da cultura do trigo em áreas da Sealba, nova fronteira agrícola que abrange 171 municípios das zonas costeiras e agreste de Sergipe, Alagoas e nordeste da Bahia.

Ensaios de campo com trigo de cultivares tropicalizadas como BRS 264 e BRS 404 foram plantados em junho deste ano nos municípios de Porto Calvo e Anadia, nos Tabuleiros Costeiros Alagoanos.

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Coordenado pela pesquisadora Lizz Kezzy de Morais, da Unidade de Execução de Pesquisa de Rio Lago (AL), vinculada à Embrapa Tabuleiros Costeiros, com a Embrapa Trigo (Passo Fundo-RS), o ensaio vai avaliar características fenológicas, agronômicas e de rendimento das cultivares, além da qualidade tecnológica de grãos e farinha.

O foco da pesquisa está em expandir a produção do trigo tropicalizado, já que o Brasil atualmente importa mais da metade do que consome. Em 2019, o país produziu 5,23 milhões de toneladas, segundo o IBGE, mas importou quase 6 milhões de toneladas, sendo um dos cinco maiores importadores do mundo.

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Os Estados brasileiros produtores de trigo (RS, SC, PR, SP, MS, GO, MG e DF) direcionam toda a sua produção para o consumo interno. Apenas Rio Grande do Sul e Paraná distribuem para outros Estados não produtores do país. O Nordeste importa 100% do trigo que consome.

“Assim, para que o Brasil possa aumentar a sua produção e reduzir sua dependência das importações, há necessidade de expansão da fronteira agrícola e estudo de novas regiões de adaptação, como alguns Estados de clima tropical”, diz a pesquisadora.

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Alto potencial

 

 

Dentre as regiões de produção agrícola do Nordeste brasileiro, a Sealba foi identificada pela Embrapa Tabuleiros Costeiros como sendo de alto potencial, mas ainda pouco explorado. Em termos de área, 36,1% da região fica em Alagoas, 33,2% em Sergipe e 30,7% na Bahia, totalizando 5.148.941 hectares.

O principal critério para a delimitação dessa região agrícola foi a ocorrência de chuvas em volumes superiores a 450 milímetros, no período de abril a setembro, em pelo menos 50% da área total. Esse volume seria suficiente para o cultivo de diversas culturas de grãos. 

Além disso, a altitude dos municípios da região da Sealba apresenta variação desde o nível do mar até valores superiores a 800 metros em Alagoas.
Source: Rural

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