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A estimativa é de que sejam colhidas 2,3 milhões de sacas, antes 1,8 milhão no ano passado (Foto: Rogerio Albuquerque / Editora Globo)

 

A colheita do café no Estado de Rondônia, iniciada em abril, caminha para o fim com expectativa de ser 27,8% maior nesta safra. De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a estimativa é de que sejam colhidas 2,3 milhões de sacas, antes 1,8 milhão no ano passado.

Enrique Alves, pesquisador da Embrapa, atribui o melhor desempenho à assistência e à tecnologia. Ele ainda ressalta que a região, no bioma Amazônia, tem se destacado por colher mais de 100 sacas por hectare em microlotes de robusta fino, e sem a necessidade de desmatar para produzir mais.

Segundo Alves, os cafés robusta estão sendo comercializados a R$ 300 por saca, um valor positivo. Isso porque Rondônia é especialista em produzir café commodity. Por outro lado,  os grandes produtores de cafés especiais não estão ligados a cafeterias. Então, de forma geral, para commodities, os preços estão melhores do que no ano anterior, mas há preocupação em relação aos cafés de qualidade superior.

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“Nosso grande desafio é se especializar em cafés de microlotes, produzidos por famílias em pequena escala. Isso torna complexa essa comercialização”, pontua.

Ainda assim, em junho, foram exportadas 640 sacas de café robusta amazônico para a Coreia do Sul por meio Porto do Rio Madeira, em Porto Velho (RO), com expectativa de chegar à solo asiático em 40 dias.

“Essa exportação direta, como aconteceu à Coreia do Sul, é muito significativa, e o produtor está aprendendo a fazer café de qualidade em maior escala. Isso é positivo, apesar de todo esse momento intempestivo que estamos vivendo”, comenta Alves, referindo-se à pandemia de Covid-19.
Source: Rural

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