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(Foto: Governo de Córdoba/Divulgação)

 

O Ministério da Agricultura publicou nesta terça-feira (30/6) uma nova portaria estabelecendo diretrizes para elaborar um plano de controle e medidas emergenciais caso a nuvem de gafanhotos cruze a fronteira com a Argentina e chegue ao Brasil.

As regras devem ser adotadas pelos governos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina
a partir dos procedimentos gerais de controle definidos pelo Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura.

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"As medidas a serem tomadas pelos respectivos órgãos deverão ser detalhadas, tais como os canais para envio de informações, os procedimentos para o monitoramento e controle da praga, além dos mecanismos de controle da aquisição e as recomendações para o uso de agrotóxicos", informou a pasta, em nota.

O ministério afirmou ainda ter considerado um parecer técnico de especialistas da Embrapa de que não existem produtos específicos para o controle dos gafanhotos – no Brasil, o registro de agroquímicos acontece por cultura, e não por praga.

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 Por isso, foi autorizado, em caráter emergencial e temporário, o uso de dois inseticidas biológicos à base de Beauveria bassiana e Metarhizium anisopliae, bem como de ingredientes ativos liberados atualmente para controle de outras espécies de gafanhotos, seguindo as recomendações para as doses máximas de cada cultura.

A portaria divulgada nesta terça (30/6) era aguardada pelas Secretarias de Agricultura de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Mesmo com a informação de autoridades argentinas de que a praga se desloca para o oeste do país, em direção ao Rio Paraná, a equipe técnica do governo e da área fitossanitária dos Estados mantêm o alerta na fronteira.

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De olho no clima

 

 

Segundo o chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Secretaria da Agricultura do RS, Ricardo Felicetti, o receio é que uma mudança climática sobre a temperatura fria e chuvosa verificada nos últimos dias possa resultar em ventos que direcionem a praga para o Brasil.

Se tivermos uma convergência dos ventos, os gafanhotos podem se deslocar para o norte da Argentina e convergir com o oeste e noroeste do Rio Grande do Sul, o que possibilitaria a formação da nuvem e a entrada em território brasileiro

Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Secretaria da Agricultura do RS

 

Desde a última semana, o Ministério da Agricultura mantém permanente contato com o Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa) para o monitoramento em tempo real do deslocamento dos gafanhotos.
Source: Rural

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