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(Foto: Ernesto de Souza/ Ed. Globo)

 

Se no mercado interno a pandemia de Covid-19 tem reduzido a demanda para alguns setores, os negócios internacionais seguem aquecidos para o Brasil. No porto de Santos (SP), por onde passa cerca de um terço das exportações brasileiras, os embarques registraram recorde pelo quarto mês consecutivo.

Em maio, foram 12,98 milhões de toneladas, 13,9% a mais do que o recorde anterior, no mesmo mês de 2017. Os embarques aumentaram 27,6%, liderados pelo crescimento de 40,2% nas  exportações de soja em grãos e farelo (4,50 milhões de toneladas) e de 94,3% nos carregamentos de açúcar (2,25 milhões de toneladas), a segunda maior carga escoada por Santos.

 

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No ano, a movimentação acumulada no terminal é de 58 milhões de toneladas, crescimento de 11,5% ante os cinco primeiros meses do ano passado. Nos embarques, esse crescimento foi de 13,7%, com 41,8 milhões de toneladas. Do total, 18,9 milhões de toneladas foram do complexo soja e 6,7 milhões de açúcar.

Alta também no PR

O crescimento das exportações também tem sido observado no porto de Paranaguá, no Paraná. A previsão dos operadores de granéis sólidos de exportação é de que os embarques no complexo registrem crescimento de 8,5% no terceiro trimestre, com 7,6 milhões de toneladas movimentadas.

Soja embarcada no Porto de Paranaguá (Foto: Nájia Furlan/Portos do Paraná)

 

“As exportações foram impulsionadas pela safra recorde, alta do dólar e tempo seco, que favorece os embarques”, afirma, em nota, o diretor-presidente da empresa pública Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. Segundo ele, a previsão de um inverno com pouca chuva e a manutenção da operação de combate à Covid-19 trazem otimismo para os próximos meses.

Assim como em Santos, a soja e o açúcar são destaque no porto paranaense. São cerca de 4,97 milhões de toneladas do grão e do farelo esperados – 30,8% a mais que as 3,8 milhões de toneladas exportadas no terceiro trimestre do ano passado. Para o açúcar, a previsão é de crescimento de 74,74% nos embarques, com 1,45 milhão de toneladas nos próximos três meses.

O câmbio, nos patamares em que está, torna as operações atrativas. O produtor quer vender, o preço da soja está bom. Então, tudo está favorável. Esperamos um terceiro trimestre muito positivo, seguindo os dois primeiros trimestres do ano

André Maragliano, diretor da ATEXP e gerente do terminal da Cargill

Segundo André Maragliano, diretor da Associação dos Terminais do Corredor de Exportação de Paranaguá (ATEXP) e gerente do terminal da Cargill, a alta demanda da China, principal comprador da soja brasileira, é um dos fatores que impulsionam as exportações neste ano.

Para o milho, as previsões são de queda de 50% nas exportações via Paranaguá devido ao volume atípico observado no ano passado, com 2,42 milhões de tonelada exportadas esperadas para o próximo trimestre.

“No ano passado, havia milho em estoque nos primeiros meses e, com a entrada da safra de soja, tínhamos que abrir espaço nos armazéns. Oferecemos milho aos clientes, estimulamos as vendas e puxamos o mercado para o primeiro semestre, com movimento firme até o final do ano”, explica Helder Catarino, gerente do terminal da Interalli, principal operadora do produto pelo Porto de Paranaguá.
Source: Rural

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