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(Foto: Mauro Scharnik-IAP)

 

Dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), apontam que a Mata Atlântica registrou 4.032 focos de queimada entre janeiro e o dia 23 de junho de 2020, ante os 3.206 do primeiro semestre de 2019, considerando o mês de junho inteiro. Até o momento, isso representa alta de 25,7%, mas vale ressaltar que os dados de junho de 2020 ainda não estão concluídos e o percentual dos focos pode ser ainda maior. 

Este acréscimo das queimadas tem alertado para o risco de extinção da Araucária, árvore muito encontrada no bioma, cuja semente é o pinhão, e que também é símbolo do Paraná, Estado que registra o maior índice dos focos na Mata Atlântica, com 25% dos registros. 

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Guilherme Karam, coordenador de Negócios e Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário, reforça que a Araucária tem outras contribuições para a biodiversidade, como a imbuias e canelas, e animais, como o papagaio-de-peito-roxo.

“Estima-se que, hoje, a floresta com Araucárias ocupe menos de 3% de sua área original, o que a coloca em grande risco de ser extinta nas próximas décadas se não houver uma mudança por parte dos proprietários rurais, da iniciativa privada e do poder público na forma como exploram e cuidam desse que é um dos mais emblemáticos e ameaçados ambientes naturais do Brasil”, ressalta.

Proposta socioeconômica

 

 

(Foto: Mauro Scharnik-IAP)

 

Ciente do papel socioeconômico da Araucária para comunidades que estão inseridas na Floresta, o projeto Araucária+ incentiva que proprietários de terra na região façam o manejo correto do solo e da vegetação, em especial quanto à colheita das sementes de pinhão. O objetivo é educar sobre a retirada apenas parcial do pinhão para garantir a alimentação da fauna nativa.

Outra medida é a retirada gradual do gado em áreas sensíveis, já, que a presença do animal compacta o solo e dificultando a germinação de sementes das espécies vegetais nativas.

Além disso, está inserida na floresta com Araucárias a erva-mate. Por isso, o manejo sugerido é extração das folhas fora do período de floração, que vai de setembro a dezembro, garantindo que as árvores fiquem com pelo menos 30% das folhas.

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Source: Rural

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