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(Foto: Tadeu Vilani/Ed. Globo)

 

O mais novo levantamento da safra 2019/2020, divulgado nesta terça-feira (9/6) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), confirma o recorde na produção brasileira de grãos, estimada em 250,5 milhões de toneladas.

Embora seja 400 mil toneladas menor do que o apontado no último balanço, o resultado aponta crescimento de 3,5% em relação à safra passada, um avanço de 8,5 milhões de toneladas.

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Soja e milho são os principais grãos em termos de volume, com mais de 220 milhões de toneladas, somados. No caso da oleaginosa, a expectativa é de uma produção 4,7% maior do que no ano anterior, totalizando 120,4 milhões de toneladas.

Já no milho, a perspectiva é de queda de 0,8% na primeira safra, com 25,4 milhões de toneladas. Para a segunda safra, responsável pela maior parte do cereal, a previsão é de crescimento de 1,4%, estimada em 74,2 milhões de toneladas.

Somada à produção da terceira safra, de 1,33 milhão de toneladas, a produção brasileira de milho deve atingir recorde de 100,9 milhões de toneladas, ante as 100 milhões de toneladas no último ano.

Exportações de soja

 

(Foto: Nájia Furlan/Portos do Paraná)

 

Apesar do resultado positivo projetado pela Conab, não há previsão de que exportações recordes de soja. O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Eduardo Sampaio, disse que o total não deve chegar a 84 milhões de toneladas, como há dois anos.

"Não vai chegar nisso. Mas, nos primeiros cinco meses, foi de longe o maior volume exportado pelo Brasil, chegando a quase 42 milhões de toneladas. Isso se deu pela questão (da guerra comercial) China e Estados Unidos e o pessoal aproveitando o câmbio (elevado) para fazer mais negócios", afirmou Sampaio, em entrevista virtual à imprensa. 

Com a perspectiva de aumento na produção, a área plantada está estimada em 65,5 milhões de hectares, crescimento de 2,3 milhões de hectares ou 3,6% sobre o ano passado. No caso da soja, a alta deve ser de 969 mil hectares, para 36,8 milhões (+2,7%), enquanto o milho deve avançar 984 mil hectares, para 18,4 milhões de hectares.

Mais trigo

 

(Foto: Jorge Andrés Paparoni/CCommon)

 

Dentre as culturas de inverno, o relatório da Conab destaca o bom desempenho das lavouras de trigo. Até o momento, está previsto um crescimento de 6,7% na área plantada em relação ao exercício anterior, cerca de 137 mil hectares a mais, para o total de 2,17 milhões. A produção deve ser 535,7 mil toneladas maior, chegando a 5,69 milhões de toneladas.

"As estimativas para o trigo seguem otimistas, em razão dos preços atrativos e do comportamento do clima em maio, que incentivam o cultivo da safra de trigo no Sul do país. Depois de enfrentar uma quebra expressiva na safra de soja e milho, a expectativa é de que os produtores dessas regiões tendam a minimizar os impactos negativos com o plantio do cereal”, diz trecho do relatório.

Arroz e feijão

Outros itens que devem ter aumento no consumo interno são o arroz e o feijão. No caso do arroz, a estimativa é de uma área de 1,6 milhão de hectares, 40 mil a menos do que em 2018/2019, por conta das estiagens que prejudicaram os produtores no sul do país. No entanto, a produção deve ser 681 mil toneladas maior, para 11,1 milhões de toneladas.

No caso do feijão, a área plantada está estimada em 2,92 milhões de hectares, praticamente a mesma do ano anterior. Já a produção deve ser 56,2 mil toneladas maior, com um total de 3,07 milhões de toneladas.

São culturas que flutuam muito. Com o pessoal em casa (por conta do isolamento social), há um consumo maior. São os alimentos básicos na mesa do brasileiro

Eduardo Sampaio, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura

 
Source: Rural

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