Skip to main content

Muelheres vêm elevando sua participação no cooperativismo catarinense (Foto: Divulgação/Ocesc)

 

As mulheres representam hoje 40% do quadro de quase 2,7 milhões de associados que compõem 254 cooperativas do Estado de Santa Catarina. Em 2005, a participação delas era de apenas 8%. Segundo levantamento da Organização das Cooperativas do Estado (Ocesc), a presença feminina nas cooperativas cresceu 16% no último ano, quase o dobro da expansão do quadro geral, que aumentou 9,67% no mesmo período.

Uma das que faz parte das mais de um milhão de mulheres cooperadas é Solange Oro, 42 anos, de Xaxim. Associada há 10 anos do Sicredi, ela coordena o Comitê Ação Mulher Sicredi, programa de empreendedorismo que impacta cerca de 600 mulheres nos estados de SC, RS e MG. De acordo com Solange, o objetivo é levar informação e educação para incentivar o protagonismo feminino.

“Quando a gente se reúne com essas mulheres, em que boa parte é de empreendedoras do campo, a gente percebe a justificação dessa escolha massiva pelo cooperativismo. Primeiro, as mulheres estão mais informadas. Muitas nunca tiveram uma conta na sua vida e isso gera um empoderamento de escolher colocar essa conta numa cooperativa. Isso é fruto de informação e de educação”, explica ela.

saiba mais

Faltam engenheiras agrônomas no mercado de trabalho, aponta head-hunter

A professora que abandonou a sala de aula para assumir a fazenda da família

 

Solange reitera a transformação do protagonismo das mulheres nas decisões da casa e da família. “Nesse ambiente, onde tem uma diversidade gigante de escolaridade, de profissões e escolhas de vida, as mulheres estão tendo esse entendimento maior de que elas precisam participar das decisões dos negócios da família, se vai comprar ou não uma máquina para a produção do campo”, complementa.

A empreendedora diz que a percepção que ela teve, há uma década, que a levou a escolher uma cooperativa para se associar é a mesma que muitas mulheres estão hoje. “O sistema cooperativo tem uma forma diferenciada de enxergar, ele é integrativo. Ele faz, na sua essência, a gente se sentir parte de algo”, diz ela.

Segundo o presidente da Ocesc, Luiz Vicente Suzin, as mulheres são mais detalhistas, metódicas e leais aos princípios do cooperativismo, sempre presentes às reuniões e estimulam a participação dos homens.

O dirigente acredita que a presença mais massiva da mulher nas cooperativas agregou qualidade e dinamismo às instituições. “Atualmente, mais de 1 milhão de mulheres têm vínculo com o sistema cooperativista e nossa intenção é ampliar esse número e fortalecermos cada vez mais essa participação”, destaca Suzin.
Source: Rural

Leave a Reply