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Primeiro bezerro nascido na propriedade do pecuarista André Lima, um dos investidores da raça no Brasil, localizada em Macaparana, Pernambuco (Foto: André Lima / Divulgação)

 

Há apenas dois anos no Brasil, a raça angus ultrablack bateu recorde de valorização no durante leilão virtual realizado no último domingo (10/05). Um reprodutor da fazenda Tradição Azul, de Quaraí (RS), teve cota de 50% arrematada por R$ 40,5 mil, atingindo o valor total de R$ 81 mil – o maior já registrado desde a chegada do animal no país. “É uma raça que aos poucos tem sido reconhecida como uma ótima ferramenta pecuária e, quanto mais gente interessada, mais valor ela vai ter”, afirma Felipe Cassol, organizador do leilão e vice-presidente de fomento da Associação Brasileira de Angus (ABA).

A entidade é responsável pelo registro de animais angus ultrablack no Brasil e conta com pouco mais de 700 animais cadastrados – uma oferta limitada que contribui para a rápida valorização dos reprodutores. “Além de ser uma novidade, o que desperta a curiosidade

do mercado, o angus ultrablack tem uma oferta relativamente pequena para uma demanda maior, e isso faz com que ela tenha um sobreço”, explica Cassol. Enquanto um touro comercial angus atinge valor médio de R$ 10 mil no país, os animais ultrablack têm sido
negociados por até R$ 16 mil.

O último recorde registrado para um touro angus ultrablack de pista, com desempenho superior à média da raça, foi há dois anos, quando um animal atingiu o valor de R$ 34,5 mil. Desde então, os reprodutores mais bem avaliados da raça apresentaram valorização
de 134,7%, quando considerado o recorde registrado no último leilão. O resultado, avalia Cassol indica o potencial do animal no Brasil. “A gente estima que  a raça tem um potencial enorme, mas quem vai dizer o que vai acontecer vai ser o mercado e a qualidade genética que ela vai colocar no mercado”, avalia o vice-presidente de fomento da ABA.

Contrato fechado

Com apenas 20 meses, o animal arrematado ontem já possui contrato com duas centrais de coleta e processamento de sêmen e será o segundo touro angus ultrablack a fornecer material genético no país. “O potencial é enorme. O fato de o angus vender 6 milhões de doses de sêmen no país é o grande indicativo de que o ultrablack vai ser a mesma coisa, porque ele é um angus tropicalizado”, prevê Cassol. Resultado do cruzamento entre animais angus e brangus, o angus ultrablack possui 80% de sangue angus e 20% de sangue zebuíno, o que confere a ele maior adaptabilidade ao clima do Centro-Oeste brasileiro.

Com isso, o material genético do animal é ideal para ser usado em vacas meio sangue, resultado do cruzamento entre Nelore e Angus, mas cuja combinação com um novo indivíduo angus geraria animais pouco adaptados às condições ambientais do Cerrado brasileiro. “O
touro realmente é muito bom, tem tudo pra ser um touro importante dentro da raça Ultrablack e do mercado de sêmen. O investidor com certeza vai recuperar o investimento rapidamente”, comemora o pecuarista responsável pelo leilão.
Source: Rural

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