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Boa noite! Entre os destaques desta quinta-feira (2/4), a reportagem da Globo Rural segue acompanhando os desdobramentos da pandemia de coronavírus e seus efeitos sobre o agronegócio. Em conversa com o jornal Valor Econômico, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse que espera anunciar “várias medidas” de apoio ao setor e que elas só não vieram até agora por causa da alta demanda no Ministério da Economia. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) registra queda nos preços de alimentos. E o ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, suspendeu efeito de portaria do Ministério da Agricultura que tratava da aprovação tácita de agrotóxicos.

Apoio ao agro

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, espera anunciar “várias medidas” de apoio à agropecuária brasileira durante pandemia de coronavírus. Ao jornal Valor Econômico, ela negou que o setor esteja sendo preterido pela equipe econômica do governo, que vem anunciando uma série de ações de suporte à atividade econômica. Lideranças do setor agropecuário tem cobrado uma atuação mais direta do governo junto ao setor. “O problema é tempo. Eles estão com uma demanda enorme e precisam liberar. Não tem nada contra o agro, não vamos enxergar fantasma onde não existe”, disse ela, ao Valor. De acordo com a reportagem, o Ministério da Agricultura aguarda uma data para se reunir com o Conselho Monetário Nacional para discutir as propostas para o setor.

Portaria sem efeito

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski suspendeu, em decisão liminar, a portaria do Ministério da Agricultura que previa a aprovação automática do registro de agrotóxicos, fertilizantes e outros insumos do agronegócio. A medida entraria em vigor em abril. A decisão atendeu a pedido feito pelo partido Rede Sustentabilidade no início de março. Relator do processo, Lewandowski justificou a medida diante do “perigo de grave lesão à saúde pública” e da “situação excepcional” causada pela  “terrível pandemia que assola o Brasil e o mundo, decorrente da incontrolada e rápida propagação do Covid – 19”.

(Foto: Pexels)

 

Preços de alimentos

Os preços dos alimentos em todo o mundo caíram acentuadamente em março devido, principalmente, à redução na demanda como efeito da pandemia do coronavírus e à queda nos preços do petróleo causada pela desaceleração econômica. O Índice de Preços dos Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, sigla em inglês), que acompanha mensalmente as mudanças nos preços internacionais de produtos, recuou 4,3% em relação a fevereiro.

Auxílio emergencial

O Senado aprovou por unanimidade a expansão do pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 sancionado pelo governo federal. Com isso, a medida agora contempla trabalhadores agrícolas. A votação foi à distância, em virtude da pandemia de coronavírus. Entre as categorias que passarão a contar com o benefício, estão agricultores familiares, aquicultores, pescadores artesanais (incluindo marisqueiros e catadores de caranguejo) e técnicos agrícolas. O projeto segue agora para análise da Câmara do Deputados.

Entregas interrompidas

Os 21 dias de paralisação das atividades na fábrica da Scania, em São Bernardo do Campo (SP), vão impedir que 300 novos veículos sejam entregues ao mercado. A informação é do vice-presidente de operações comerciais da empresa no Brasil, Roberto Barral. A indústria parou no dia 23 de março e a retomada dos trabalhos está prevista para o próximo dia 13 de abril, se não houver prorrogação do período de isolamento decretado pelo governo. “Se tudo caminhar normalmente e voltarmos no dia 13, essa recuperação ocorre em duas semanas. Mas no momento é difícil ter certeza de que voltaremos nesta data”, diz Barral.

(Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

 

Benefício tributário

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avalia que o adiamento do pagamento de PIS/Pasep e Cofins e da contribuição patronal pode ajudar as agroindústrias a terem uma reserva de caixa para tentar minimizar os impactos da crise do coronavírus.  Em nota, a entidade lembra que esta foi uma das propostas encaminhadas na semana passada aos ministros Paulo Guedes (Economia) e Tereza Cristina (Agricultura) "dentro de um conjunto de medidas tributárias para reduzir os prejuízos com a covid-19 ao setor"

Empregos

A JBS anunciou, no fim da tarde desta quinta-feira (2/4), a abertura de 3 mil vagas de emprego, entre postos de trabalho diretos e indiretos. As vagas, segundo a empresa, fazem parte do plano de admissões da companhia em todas as regiões do Brasil. Em teleconferência com analistas na semana passada, a JBS, que emprega 120 mil pessoas no Brasil, já havia se comprometido com a manutenção dos seus mais de 240 mil funcionários no mundo, além do investimento de R$ 8 bilhões no país nos próximos cinco anos.

Farejadores de Covid-19

Uma equipe de pesquisadores da London Scholl of Higyene and Tropical Medicine e treinadores da ONG Medical Detection Dogs estão treinando cães – que já são especialistas em detectar doenças como a malária, câncer e diabetes em pessoas – a identificar o coronavírus. Segundo os pesquisadores, os animais conseguem apontar a presença do vírus com mais precisão que os testes laboratoriais. O treinamento é feito com a evidência de que algumas doenças alteram o odor do corpo humano, explica James Logan, chefe do Departamento de Controle de Doenças da LSHTM.

(Foto: Divulgação)

 

Do vinho ao antisséptico

Uma parceria em Portugal tem garantido a produção de um gel antisséptico à base de álcool diferente no combate à pandemia de coronavírus. É que o produto para desinfecção das mãos é feito a partir de aguardente de vinho. A iniciativa é uma cooperação entre a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) e a Adega Cooperativa de Vidigueira, Cuba e Alvito (ACVCA). O produto será destinado prioritariamente ao Hospital José Joaquim Fernandes.
Source: Rural

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