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Os preços do limão tahiti estão aumentando consideravelmente nas últimas semanas devido à pandemia do novo coronavírus. De acordo com os produtores, a alta chega a 100%.
A demanda começou a aumentar significativamente na semana passada, informou a Cooperativa dos Produtores de Limão (Cooperlimão), de Urupês, localizada na principal região produtora da fruta no país, no interior de São Paulo.
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Entre os motivos para o valor pago pelo quilo ao produtor ter subido de R$ 0,50 para R$ 1 está a preocupação dos consumidores com a alimentação, já que o limão tem nutrientes que fazem bem à saúde, e o período de entressafra, diz a Cooperlimão.
De acordo com Jefferson Tonon, gerente agrícola da cooperativa, no auge da safra os pomares chegam a produzir, em média, 130 toneladas por dia e, atualmente, no período de final de safra, a média de produção é de 70 toneladas por dia.
Em março e abril é esperada uma queda de preço, mas, ao invés de reduzir, acabou estabilizando na última semana devido à pandemia. E, mesmo com a demanda em alta pelo limão, não tivemos problemas com a produção
Jefferson Tonon, gerente agrícola da Cooperlimão
Segundo Tonon, os pedidos de clientes dobraram na semana passada. “Ainda temos bastante limão nos pés, a colheita desse ano foi farta e a comercialização foi muito boa, mas o momento atual é incomum”, disse.
“Os produtores estão bastante animados e aguardamos também que as exportações tenham um incremento nas próximas semanas”. A Cooperlimão exporta 10% da sua safra.
Crescimento no plantio
Nos últimos dois anos, o plantio de limão no interior de São Paulo aumentou 30%, segundo a diretoria da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável de Catanduva, e a cultura é a segunda mais importante da região, atrás da cana-de-açúcar. Os principais municípios produtores são Itajobi, Urupês, Pindorama, Santa Adélia e Novo Horizonte.
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O aumento na demanda por limão se explica, principalmente, pelas suas qualidades nutricionais. Em cada 100 gramas, há 51 mg de vitamina C, 2 mg de vitamina A, 0,18 de vitaminas do complexo B (B1, B2 e B5), 0,70 mg de ferro, 15 mg de ferro, 41 g de cálcio, 0,60 gr de fribras, 8,10 g de carboidratos, 0,60 g de proteínas e 29 calorias.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vitamina C se perde com facilidade e o ideal é utilizar frutas cítricas cruas e frescas para repor a quantidade necessária ao sistema imunológico.
Source: Rural