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(Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

As chuvas de abril e maio serão determinantes para a produtividade do milho safrinha este ano, sobretudo devido ao plantio mais tardio da cultura após os atrasos na semeadura da soja, ainda no final de 2019 e início de 2020.

A avaliação foi feita pela Agroconsult na apresentação dos resultados do Rally da Safra, na terça-feira (31/3). “Os preços mais altos têm estimulado bastante os produtores, levando alguns a inclusive arriscar o plantio do milho fora do calendário ideal”, avalia Fabio Meneghin, sócio analista da Agroconsult. 

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Ele explica que, embora o calendário varie para cada região, foi possível constatar atividades de plantio ao longo de todo o mês de março, com uma área recorde avaliada em 13,1 milhões de hectares este ano.

O plantio mais tardio, explica o analista, eleva o risco climático para o milho safrinha nesta temporada. Com isso, a consultoria prevê uma produção de 74,7 milhões de toneladas, número que, se confirmado, representará queda de 2 milhões de toneladas em relação
ao ciclo anterior.

Se tiver chuvas em abril e maio, teremos um potencial maior de produção. Se elas não vierem, podemos ter um problema na safrinha deste ano

Fabio Meneghin, sócio analista da Agroconsult

Risco de geada

 

A exceção no plantio tardio do milho safrinha deste ano é o Paraná, onde o atraso na semeadura da soja comprometeu o cultivo. Com histórico de geada durante os meses de inverno, o produtor paranaense conta com um maior risco climático. “Não adianta insistir
e tomar esse risco porque ele é certeiro”, avalia o analista da Agroconsult.

Diante do impasse, Meneghin conta que os produtores do Paraná têm migrado para culturas mais resistentes ao clima frio, como trigo e sorgo.

“Como existe a possibilidade do trigo e o grão também está numa boa situação de mercado, onde o produtor vê que não dá pra
entrar com milho safrinha ele, sabiamente, vai entrar com o trigo mesmo”, explica.
Source: Rural

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