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(Foto: Tadeu Vilani/Ed. Globo)

 

O Grupo CNH Industrial começou, a partir desta quarta-feira (25), o processo de interrupção gradativa de todas as suas operações no Brasil por conta da pandemia do coronavírus.

Desde a última sexta-feira (20), outras empresas focadas na fabricação de máquinas agrícolas, como Jacto, Stara e John Deere, também suspenderam as suas atividades em território nacional.

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Detentora das marcas New Holland, Case IH, FPT Industrial e Iveco, o Grupo CNH produz vários tipos de máquinas agrícolas, como tratores, colhedoras, colheitadeiras, plantadeiras e pulverizadores, assim como peças e implementos, a exemplo de motores.

 

A empresa reforça que está preparada junto com as suas redes de concessionários para seguir atendendo as demandas dos seus clientes com peças e serviços necessários nas áreas agrícolas, de transporte e construção

Grupo CNH, em nota

A CNH tem sete fábricas no Brasil, em Sorocaba (SP), Piracicaba (SP), Curitiba (PR), Contagem (MG) e três unidades industriais em Sete Lagoas (MG). Todas as unidades devem ser paralisadas até sexta-feira (27).

Não foi informado, porém, quantos funcionários entram em regime de home office e o uso de banco de horas ou férias coletivas para os colaboradores que ocupam funções operacionais.

Indústria em crise

A indústria de máquinas agrícolas deve ser fortemente afetada por conta da pandemia do coronavírus. Nas decisões de suspender as atividades, as fabricantes consideram, além do aspecto sanitário, o entrave em receber peças de fornecedores.

Muitas delas têm relatado dificuldades em transitar pelo país, já que os governadores e prefeitos assinaram decretos impondo limites para o deslocamento de pessoas.

Na última sexta-feira (20/3), o presidente Jair Bolsonaro assinou decreto determinando 35 atividades essenciais que podem funcionar durante a crise. A medida não inclui as concessionárias, responsáveis pela venda do maquinário. O fechamento, segundo a indústria, torna a operação inviável.

Nossas revendas estão fechadas. Algumas prefeituras colocaram a quarentena total. Essas empresas (concessionárias e fornecedores) estão com problemas locais

Fernando Gonçalves Neto, presidente da Jacto

 

Mais de 1 mil parados

 

Fernando Goncalves Neto, presidente da Jacto (Foto: Marcelo Curia/Ed.Globo)

 

Focada na produção de colheadoras de café, pulverizadores, adubadoras e equipamentos para agricultura de precisão, a Jacto informa que 1.030 dos 1.500 funcionários da divisão agrícola estão em férias ou em jornada flexível.

Outros 270 seguem em regime de home office e 200 continuam trabalhando em serviços emergenciais, como a venda de peças de reposição.

A companhia iniciou a paralisação na segunda-feira (23/3) e prevê a retomada das atividades no dia 13 de abril. Nesse período, 700 máquinas devem deixar de ser fabricadas, o que impacta diretamente nos negócios visando a colheita de café desta safra, prevista para maio.

“Na greve dos caminhoneiros, nós reduzimos bastante a produção. Aparentemente, o problema com o coronavírus é bem pior. Infelizmente, isso acaba desestruturando toda a cadeia. Quando há uma paralisação assim, retomar não é fácil

Fernando Gonçalves Neto, presidente da Jacto

 

O presidente da companhia disse que não registrou problemas com o fornecimento de peças de países como China, Estados Unidos e Itália, que também estão em crise por conta da pandemia. As peças importadas somam apenas 20% da composição da montagem de máquinas da Jacto.
Source: Rural

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