Skip to main content

(Foto: Asbia)

 

Atendendo a um questionamento da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), a Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento esclareceu, em ofício, que “se incluem no caráter de essencialidade para a cadeia produtiva animal, os insumos para reprodução animal, como sêmen e embriões”.

Também destaca que “faz-se essencial que sejam asseguradas, dentre outras, as atividades envolvidas com a produção e abastecimento de alimentos” e que “essas atividades compreendem toda a cadeia produtiva, incluindo as matérias-primas e insumos envolvidos na produção”.

saiba mais

Coronavírus no agro: analistas projetam impacto para carnes, grãos, algodão, açúcar e etanol

 

“Desde semana passada estávamos preocupados que essa cadeia produtiva do agronegócio fosse impactada por limitações do frete rodoviário porque 90% da nossa carga é transportada por esse modal”, explica o executivo da Asbia, Carlos Vivacqua.

Ele conta que, na segunda-feira (23/3), o setor recebeu um documento assinado pelas principais transportadoras rodoviárias do país comunicando que, atendendo às recomendações legais, deixariam transportariam sêmen por não se tratar de produto alimentício.

Retomada logística

Segundo Vivacqua, o documento está sendo entregue às transportadoras e já permitiu a retomada da logística do setor. Com a recusa das transportadoras, Vivacqua calcula que a indústria de inseminação artificial tenha ficado cerca de 48 horas sem escoar qualquer insumo relacionado à atividade.

Esses dois dias, caso se prolongassem, trariam enormes prejuízos pois estávamos com cargas em portos de transbordos que não poderiam ser abastecidas com nitrogênio, o que acarretaria perdas significativa

Carlos Vivacqua, executivo da Asbia

Vivacqua afirma que, embora o país não esteja na estação de monta, quando há maior aquecimento do mercado de inseminação artificial devido ao ciclo da produção pecuária de corte, na cadeia do leite, essa atividade é constante. 

“No leite, começamos a intensificar o uso de sêmen de maior valor agregado justamente quando tem declínio da temperatura, porque aí você consegue programar o nascimento do bezerro e o pico de lactação para o melhor momento de mercado”, explica.

Segundo balanço divulgado pela Asbia no início deste ano, em 2019 as vendas de sêmen bovino no Brasil somaram 18,5 milhões de doses, sendo 4,6 milhões delas de raças leiteiras – crescimento anual de 10%.
Source: Rural

Leave a Reply