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(Foto: Paulo Whitaker/Reuters)

 

Os contratos futuros do farelo de soja negociados na China subiram para uma máxima em quase cinco meses nesta sexta-feira (20/3) com os surtos de coronavírus na América do Sul, alimentando novas preocupações sobre os suprimentos já apertados.

O principal contrato do farelo de soja subiu 2,5%, para 2.832 iuanes por tonelada, o maior valor desde o início de novembro do ano passado.

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"O salto foi devido à doença do coronavírus. O mercado está preocupado com o fato de os surtos na América do Sul afetarem o fornecimento de soja e farelo de soja", disse Monica Tu, analista da Shanghai JC Intelligence Ltd, uma consultoria agrícola de Xangai.

Importadores chineses têm comprado ativamente soja do Brasil, seu principal exportador de oleaginosas, com boas margens de esmagamento, mas as chuvas no país da América do Sul impediram a colheita e os embarques em fevereiro. Em março, a expectativa é de que as exportações sejam fortes, com a melhora climática.

Logística brasileira preocupa

A pandemia alimentou ainda mais as preocupações com suprimentos, pois ameaça atrapalhar a logística e as operações nos principais portos da região. "A situação está piorando. O mercado já está com escassez de suprimentos", disse um gerente de uma grande processadora no sul da China.

"Será um grande problema se não conseguirmos retirar as cargas (do Brasil) em abril e maio", disse o gerente, que não quis se identificar porque não estava autorizado a falar com a mídia.

Os baixos estoques na China e a situação preocupante no Brasil podem levar os compradores a procurar nos EUA, disseram analistas e traders. Os chineses já compraram duas cargas de soja dos americanos nesta semana.
Source: Rural

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