(Foto: Globo Rural)
A intensa valorização do milho e do farelo de soja no mercado nacional puxou para cima os custos de produção de suínos e aves em fevereiro.
De acordo com dados da Central de Inteligência de Aves e Suínos da Embrapa (CIAS), a alta foi de 0,96% para suínos e de 1,82% para frangos de corte. “O gasto com a nutrição dos animais (suínos) aumentou 0,95% apenas em fevereiro com relação a janeiro e chega a 10,76% nos últimos 12 meses”, observa a Embrapa.
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Em São Paulo, o Cepea destaca que, apesar da valorização do suíno vivo no Estado, os preços dos insumos relacionados à alimentação dos animais subiram com maior intensidade, comprimindo as margens dos suinocultores paulistas.
No acumulado até 18 de março, o indicador calculado pela Centro de Estudos para o animal registra valorização de 4,24% ante uma alta de 8,45% no indicador Esalq/BM&FBovespa para o milho no mesmo período.
Suínos em SC
Já em Santa Catarina, o Cepea destaca que a maior valorização do suíno, de 4,8% no mesmo período, tem sustentado o poder de compra dos produtores no Estado mesmo com a valorização dos insumos vinculados à alimentação animal.
A valorização do suíno em ambos os Estados está atrelada à oferta restrita de animais pesados e ao elevado preço dos insumos, que impulsionam as cotações do vivo
Cepea, em nota
Os colaboradores do Cepea atribuem a valorização do suíno à oferta restrita de suínos pesados e ao elevado preço dos insumos. “Quanto ao milho e ao farelo de soja, a demanda aquecida continua superando a oferta desses produtos, principalmente em São Paulo. Os preços do milho atingiram os maiores patamares nominais da série histórica do Cepea.
Frangos no PR
No caso do frango, a Embrapa destaca que o custo de produção do quilo do frango de corte vivo no Paraná passou de R$ 3,01 em janeiro para R$ 3,07 em fevereiro – o valor mais alto desde junho de 2016.
“Apesar de a colheita da safra de verão estar avançando no Sul do país, devido ao clima favorável, muitos produtores seguem preferindo negociar a soja em detrimento do milho, limitando a oferta do cereal”, explica o Cepea, em nota.
Source: Rural