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Colheitadeira exposta em estande da New Holland na Expodireto Cotrijal (Foto: Marcos Nagelstein/Agência Preview/Divulgação)

 

Depois de colher resultados surpreendentes no Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR), a New Holland vê um fechamento não muito positivo para a Expodireto Cotrijal, segunda maior feira de tecnologia agrícola do país, que termina nesta sexta-feira (6/3), em Não-me-toque (RS). Em entrevista à Globo Rural, os executivos da empresa disseram que ficarão satisfeitos se o saldo de vendas deste ano for igual ao da edição passada do evento, quando a feira movimentou R$ 2,4 bilhões em negócios – maior parte graças às vendas de tratores, colheitadeiras e demais equipamentos para o campo.

A perspectiva se deve à quebra na safra do Rio Grande do Sul. A Emater prevê uma redução de 16% na produção de soja do Estado e de 20% na de milho, por causa de um período seco no início do plantio e também nas últimas semanas, que vem limitando o desenvolvimento das lavouras, a formação e o enchimento dos grãos. Caso não chova nas próximas semanas, os estragos no campo podem ser maiores.

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O diretor de mercado da New Holland Brasil, Eduardo Kerbauy, percorreu regiões produtoras de todo o Sul do Brasil nas últimas semanas e disse que ficou impressionado com a mudança de ânimos dos produtores e concessionários da marca da fronteira do Rio Grande do Sul para cima no mapa. Ou seja, a partir de Santa Catarina, o cenário é totalmente diferente, com produtores colhendo boas produtividades da safra.

“Aqui no Rio Grande do Sul, ouvimos relatos de produtores colhendo 12 sacas por hectare. Mas, esses são os resultados das áreas plantadas cedo, que sofreram mais. Se chover e os outros 90% da área forem colhidos com um média mais alta, acredito que o produtor conseguirá fechar a conta e não ter prejuízo pelo menos. Ainda mais com o preço da soja acima de R$ 90 por saca”, afirma.

Os custos médios das lavouras de soja no Rio Grande do Sul giram em torno de 35 sacas por hectare, sem considerar arrendamento.

Moderfrota

O cenário negativo para as vendas de máquinas agrícolas é local, destaca a New Holland. “Tem feira que vai vender mais, tem feira que vai conseguir manter. Estamos esperando um crescimento de 3% nas vendas deste ano no Brasil”, lembra o gerente comercial do Banco CNHI, Alberto Petraconi. Apesar das linhas de créditos estarem com dias contados, o executivo diz que há recursos do Moderfrota, com juros que variam de 8,5% a 10,5% ao ano no Plano Safra atual, que vai até o fim de junho.

No segundo dia de Expodireto, o BNDES cumpriu sua promessa e lançou uma nova linha de recursos para compra de máquinas e equipamentos, mas Petraconi destaca que a taxa de juros é maior, sem contar que não varia conforme o tamanho do produtor. “Essa nova taxa veio em 9,2% ao ano, sem diferenciação de tamanho de produtor”, diz.

*O jornalista viajou a convite da Corteva Agriscience
Source: Rural

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