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(Foto: Nupur Das Gupta/CCommons)

 

A Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) prevê dificuldades de abastecimento para os moinhos a partir de maio, com necessidade de buscar cereal nos países do hemisfério norte, sobre o qual incide a Tarifa Externa Comum (TEC), de 10%.

Segundo a entidade, a Argentina, principal fornecedor de trigo para o Brasil, já comercializou 14,3 milhões de toneladas da safra recorde de 19 milhões de toneladas que colheu em 2019, sendo 12 milhões de toneladas para exportação.

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"O conjunto de fatores formado pelo câmbio, preços do trigo argentino, aumento de custos logísticos e imposto de importação (TEC) projetam um cenário de fortes pressões sobre os preços da farinha de trigo no Brasil entre 15 e 20%", afirma.

 

Pressão no preço

Conforme a entidade, a Argentina, na atual temporada, está exportando mais trigo para outros países, valendo-se da abertura de novos mercados na Ásia e quebras de safra na Austrália e Rússia. Com isso, em 60 dias o preço do cereal argentino disparou de US$ 190 para US$ 240 a tonelada.

"A variação cambial teve um aumento de 9,5% nos primeiros 60 dias do ano, num patamar inimaginável em dezembro de 2019, forçando os moinhos brasileiros a reverem a política de preço, com a necessidade de repasse dos custos adicionais", disse a Abitrigo na nota.

A entidade também se diz preocupada com os efeitos da suspensão temporária de novos registros de exportação de grãos na Argentina, desde 26 de fevereiro, e do avanço do coronavírus no mundo.

"Se por um lado esta crise tem pressionado para baixo o preço do trigo, fatores ainda desconhecidos de barreiras de trânsito internacional de mercadorias podem vir a impactar os preços negativamente", afirmou.
Source: Rural

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