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Syngenta espera ganho de market share e prepara lançamentos para o Brasil (Foto: Divulgação)

 

Um estudo lançado nesta segunda-feira (24/02) pela companhia MarketsandMarkets estima que o processamento global de sementes registrou, em 2019, US$ 9,1 bilhões. E até 2025, a taxa de crescimento anual composta para o processamento de sementes (CAGR, sigla em inglês) deve ser de 10,9%, atingindo US$ 16,6 bilhões.

De acordo com a empresa, as projeções consideram fatores como uma demanda maior por sementes de alta qualidade na Europa e na América do Norte. Além disso, a facilitação do comércio entre países e regiões do mundo tende a criar oportunidades lucrativas para o setor.

"Aumento na taxa de substituição de sementes, viabilidade dos híbridos, surgimento de novas tecnologias de melhoramento e a adoção de tecnologias geneticamente modificadas são alguns dos inportantes direcionadores do crescimento do mercado de sementes", avaliam os responsáveis pela pesquisa.

A Syngenta está entre as empresas  de semente que esperam ganhos de market share, explica Eric Boeck, líder de Marketing Seeds para América do Norte. Nos Estados Unidos, por exemplo, a companhia detém 9% do mercado. "Queremos atingir 15% nos cinco próximos anos, mantendo o foco em soja e milho", aponta Boeck ao pretender crescer 6% até 2025.

Jeff Rowe, da Syngenta: "é importante conhecer o potencial da semente e fazer o manejo indicado" (Foto: Divulgação/Syngenta)

 

 

O presidente global da área de sementes da Syngenta, Jeff Rowe, pondera, no entanto, que será difícil se confirmar a projeção do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 94 milhões de acres (38.04 milhões de hectares) de área plantada com milho na safra 2020/2021. As condições climáticas causaram prejuízos.

“Tivemos uma primavera muito difícil em que muito acres não foram plantados. Ficamos três dias sem plantar nada, o que nos fez perder a janela ideal. Eu nunca vi nada parecido. Então, será difícil conseguir cumprir com a projeção de crescimento do milho, de 94 milhões de acres”, explica Rowe, que é da quinta geração de produtores rurais em uma região próxima a Chicago, no Estado de Illinois.

De acordo com o USDA, a área projetada para o cereal é 5% maior que a da safra 2019/2020. Para a soja, a expectativa é de aumento de 12%, chegando a 85 milhões de acres (34,39 milhões de hectares).

Brasil

Para o Brasil, a empresa também está preparando novidades. O plano é lançar entre 15 e 20 novas cultivares de soja e 10 híbridos de milho nos próximos cinco anos. E um novo laboratório de controle de qualidade para sementes, em Uberlândia (MG), está previsto para ser lançado em 5 de março.

Rowe explica que as mudanças climáticas podem causar estresse na semente, por isso o investimento no Brasil faz parte da estratégia da empresa para entender o comportamento em clima tropical. Outro fator para investir em sementes no Brasil é a alta demanda do mercado chinês.

"A boa notícia para todos os produtores é que a China está consumindo mais produtos da agricultura de forma consistente. À medida que a economia da China cresce, chineses prosperam e melhoram a dieta, o que exige mais consumo de soja e milho", diz o executivo.

Resistência

Apesar da tecnologia embarcada nas sementes, Rowe alerta para o problema da resistência, uma realidade no mundo todo. "Infelizmente, temos visto que a utilização de sementes de baixa qualidade tem trazido consequências para o desenvolvimento da planta, pois ela fica mais suscetível aos riscos. Por isso é importante conhecer o potencial da semente e fazer o manejo indicado", diz.

*A jornalista viajou a convite da Syngenta

 
Source: Rural

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