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Rubem Novaes afirmou ser favorável à privarização do banco (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

 

 

 

O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, disse nesta quinta-feira (13/2) que uma eventual privatização não mudaria o relacionamento da instituição com agropecuária do Brasil. Em entrevista coletiva para a apresentação dos resultados financeiros do ano passado, em São Paulo (SP), ele chamou essa ideia de falácia.

“Um dos receios é de que a agricultura pode ficar desassistida. Isso é uma falácia. Essa nossa presença na agricultura, nossa presença no setor rural, é um ativo importantíssimo para o Banco do Brasil. Nenhum administrador abriria mão desse relacionamento”, afirmou.

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Novaes também disse ser favorável à privatização. Segundo ele, a instituição já se beneficiou no passado do fato de ser estatal. Tinha o que chamou de reserva de mercado, por exemplo, na folha de pagamento das empresas. Mas, hoje, não tem as vantagens que tinha anteriormente sobre os concorrentes privados.

"Tem uma série de amarras no fato de ser público. Lei de licitações, política de recursos humanos fica mais complexa. Tem que contratar por concurso público. Não tem a facilidade de demitir maus funcionários e contratar no mercado o necessário para suprir eventuais deficiências”, analisou.

Hoje tudo é disputado no mercado, e os concorrentes estão aptos a disputar. Foi-se o bônus e ficou o ônus

Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil

Na visão do executivo, sob controle privado, o Banco do Brasil teria mais liberdade de administração. E poderia ter um ganho de eficiência que levaria a instituição financeira a superar em resultados seus concorrentes privados.

“Sou favorável (à privatização), a equipe econômica é favorável, o Paulo Guedes (ministro da Fazenda) é favorável. Mas é uma questão política, que está acima de nós. Tem que passar pelo Congresso, tem que convencer o presidente da República. O presidente diz que é contra”, ponderou.

Atendimento ao agro

Atualmente, o Banco do Brasil cerca de 5,4 mil pontos de atendimento no país. Segundo os executivos, todos estão aptas a realizar operações relacionadas à agropecuária. Desse total, existem 746 que a instituição classifica como vocacionados para o agronegócio, distribuídos por regiões onde o setor é mais forte e relevante para a atividade econômica.

“Essa capilaridade nossa é muito importante. A operação agro é comum a todas as agências. Mas temos as agências vocacionadas em praças onde o agronegócio é crescente, pujante", afirmou o vice-presidente de Varejo, Carlos Motta.

Nossa expectativa é aumentar essas agências e acompanhar o produtor onde quer que esteja

Carlos Motta, vice-presidente de Varejo do Banco do Brasil

O vice-presidente de Agronegócio e Governo, João Rabelo, explicou que a implantação desse tipo de ponto de atendimento visa atender, principalmente, clientes de maior porte, que necessitam de soluções mais especializadas.

“Alguns outros produtos um pouco mais sofisticados vão aparecer e isso necessita de uma equipe mais especializada nesse tipo de atendimento. Essas agências foram colocadas naquelas localidades onde se concentram esse tipo de cliente”, disse o executivo.
Source: Rural

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