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Show Rural Coopavel vai até esta sexta-feira e tem expectativa de R$ 2,5 bilhões em negócios (Foto: Show Rural)

 

Representantes de empresas que participam do Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR), reforçam o discurso de otimismo dos organizadores do evento que, nesta sexta-feira (7/2), encerra sua 32ª edição.

Executivos de fabricantes de máquinas e equipamentos e de instituições financeiras falam em momento favorável da economia e do agronegócio e avaliam que o visitante tem chegado aos estandes disposto a fechar negócios.

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Crescimento da produção agrícola e taxas de juros mais baixas, que favorecem a competitividade nas linhas de financiamento, estão entre os fatores considerados positivos. “É a 7ª Coopavel que participamos e está sendo a melhor de todas em volume de vendas”, garante o gerente nacional de vendas da LS Tractor, Ronaldo Pereira.

A fabricante espera fechar o evento com um crescimento de 15% em relação ao ano passado. Pereira avalia ainda que o maior conhecimento sobre a marca e o reforço na rede de revendedores tendem a contribuir com o desempenho positivo na feira.

O crédito é uma preocupação, mas não está afetando o volume de vendas

Ronaldo Pereira, gerente nacional de vendas da LS Tractor

A Jacto é outra empresa que vê o visitante do Show Rural Coopavel disposto a fechar negócios. E, além do crédito tradicional, aposta no consórcio próprio como alternativa. “Olhamos para o ano com otimismo, mas todos os fatores tem que combinar bem”, avalia o gerente de comunicação, José Tonon.

Montadora confiante

A New Holland, do Grupo CNH, espera encerrar a feira deste ano com vendas 25% maiores que no ano passado. O diretor de marketing comercial para a América do Sul, Gustavo Taniguchi, pondera, no entanto, que a base de comparação é baixa, já que, em 2019, o cenário era menos favorável. Comparando com 2018, ano considerado melhor, a expectativa é de uma expansão de 12% a 15% nos negócios.

“Está animador desde o primeiro dia. O cliente está vindo ao estande para fazer negócios. Nem todos, necessariamente, vão fechar na feira, mas acreditamos também no nosso relacionamento. Temos um sentimento de que os negócios na feira estão melhores”, afirma.

Financiamento favorável

O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas da Associação Brasileira dos Fabricantes de Máquinas e Equipamentos (CSMIA/Abimaq), Pedro Estêvão, destaca que o Moderfrota ainda está funcionando e lembra que o sistema financeiro privado oferece alternativas de financiamento ao crédito oficial.

“As pessoas estão falando que as produtividades são boas e isso é um motor de vendas”, diz ele, fazendo uma avaliação positiva também do Finame Rural, que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) pretende colocar em operação no mercado a partir de março.

Armazenagem e irrigação em cautela

Estevão ressalta apenas que, enquanto o crédito para máquinas está mais positivo, o mesmo não se pode dizer de armazenagem e irrigação, por dificuldades em linhas no Programa de Construção de Armazéns (PCA) e no Moderinfra. Uma preocupação reforçada pelo superintendente comercial da fabricante de silos Kepler Weber, João Tadeu Franco Vino.

“Temos sofrido bastante com a falta de recursos do BNDES. O que temos que conseguir mudar é previsibilidade do crédito. Essa situação tem efeito em toda a cadeia”, diz ele.

Interesse dos produtores em fechar negócio é um dos destaques do Show Rural Coopavel (Foto: Show Rural)

 

Sobre o desempenho da Kepler Weber no Show Rural Coopavel, Vino pontua que, por conta do segmento em que atua, não é usual fechar negócios na feira. Mesmo assim, avalia que o movimento está dentro do esperado. Ele afirma ser positiva a participação em eventos. Tanto que, neste ano, o calendário da fabricante aumentou de 13 para 24.

“O cliente fala conosco dos resultados do investimento que já fez e de novos investimentos. Para nós, esse relacionamento é importante”, diz o executivo.

Para uma empresa de insumos agrícolas, como a Basf, feiras de tecnologia como o Show Rural Coopavel também são oportunidade para reforçar o relacionamento com os clientes, além de apresentar o portfólio. É o que afirma Rafael Milleo, gerente de mercado na região centro-sul, que atende Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul.

O movimento vem superando as expectativas, e a procura está sendo bem intensa 

Rafael Milleo, gerente de mercado na região centro-sul da Basf

 

Bancos otimistas

Entre instituições financeiras, a avaliação também tem sido otimista. “O Show Rural Coopavel dá o tom das outras feiras que vêm por aí e o tom é muito bom. A feira está muito boa de negócios”, avalia o vice-presidente de Agronegócios e Governo do Banco do Brasil, João Rabelo.

Só nos primeiros três dias, foram gerados R$ 500 milhões em propostas, afirmam os representantes do banco. Rabelo explica que a estratégia para o Show Rural deste ano envolveu prospectar clientes que poderiam tomar uma decisão durante o evento. Segundo o executivo, o que não tem sido possível negociar com recursos controlados, o banco entra com recursos próprios.

“O nível de tecnologia na feira está fantástico. Não só nas máquinas. O recurso controlado está minguando, mas estamos conseguindo financiar com os recursos próprios. Nas mesmas condições do Moderfrota, mas uma linha específica do banco. Está muito corrido aqui”, diz ele.

Márcio Contreras, diretor comercial e de marketing do Banco CNH Industrial, lembra que, em 2019, o cenário de mercado era mais negativo, com um temor de falta de dinheiro para o crédito. Mas, neste ano, a situação é diferente. Há mais recursos e a redução da taxa Selic favorece a competitividade entre agentes financeiros.

Os bancos têm condições de oferecer linhas similares às do Moderfrota. O discurso do produtor tem sido positivo, e o cenário tem refletido em negócios

Márcio Contreras, diretor comercial e de marketing do Banco CNH Industrial

Na visão do Sicredi, o Show Rural Coopavel serve como um “termômetro” para o setor, por estar entre os mais importantes eventos do agronegócio nacional. Gilson Farias, gerente de desenvolvimento de crédito da Central Sicredi Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, reforça a avaliação positiva do movimento na feira.

Na feira do ano passado, a cooperativa contabilizou 800 propostas de financiamento protocoladas, que resultaram em negócios de R$ 190 milhões. Para este ano, o Sicredi disponibilizou R$ 500 milhões para financiar veículos, maquinário e outras tecnologias. A expectativa, segundo Farias, é converter de 40% a 50% das propostas em negócios.

“A feira está indo bem. Movimento tem sido bastante intenso. Os sinais de melhora na economia e a boa produtividade animam o produtor a vir aqui e procurar aquilo que pode aumentar a sua produtividade”, diz o executivo.

*O jornalista viajou a convite da Bayer
Source: Rural

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