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Centro de sementes da Corteva. Empresa quer demender menos da tecnologia da concorrente (Foto: Divulgação)

 

A Corteva, empresa de sementes e agroquímicos que se desmembrou da DowDuPont em junho do ano passado, pretende acelerar as vendas de sementes geneticamente modificadas desenvolvidas pela própria companhia nos próximos cinco anos. Ao mesmo tempo, quer reduzir sua dependência de genes licenciados da Bayer, disse a empresa nesta quinta-feira (30/1). A companhia está aumentando a produção de suas sementes de soja Enlist e do herbicida que deve ser usado em conjunto.

Segundo a Corteva, a combinação é uma forma de combater ervas daninhas que desenvolveram resistência ao glifosato, o herbicida mais usado mundialmente e comercializado sob a marca Roundup, da Bayer, e sob outros nomes. Desde 2016, a Bayer oferece sua própria combinação, chamada Xtend, que inclui sementes de soja e algodão desenvolvidas para resistir a um herbicida chamado dicamba. A Corteva e outras empresas de sementes licenciam os genes Xtend, da Bayer, pagando royalties à empresa alemã.

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A Corteva obteve no começo de 2019 aprovação regulatória final para suas sementes de soja Enlist, e agora pretende depender menos dos genes da Bayer. Até 2024, a empresa prevê uso mínimo de genes da Bayer que oferecem resistência ao glifosato e ao dicamba. A Corteva espera que as sementes Enlist sejam plantadas em 20% da área de soja dos EUA neste ano, o dobro da estimativa anterior da companhia. Em 2019, a soja Xtend, da Bayer, foi semeada em cerca de 65% da área total da oleaginosa nos EUA.

A Corteva pretende usar a seu favor as preocupações de agricultores em relação ao dicamba, que tende a evaporar e pode causar danos em campos vizinhos. Segundo a Bayer, a nova formulação do herbicida tende a se fixar melhor nas lavouras onde é aplicada. O CEO da Corteva, Jim Collins, disse que a concorrência de preços em sementes de soja está acirrada, com uma empresa reduzindo seus preços em até 5%. De acordo com o executivo, essa disputa deve reduzir o lucro da Corteva em US$ 50 milhões em 2020.
Source: Rural

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