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Para a Aprosoja/MS, preço não pode ser o único fator de decisão pelo plantio do milho (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

 

A Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS) recomenda aos agricultores o cultivo de plantas para cobertura do solo em áreas onde não for possível concluir o plantio do milho safrinha dentro da janela ideal, por causa do atraso na colheita da soja, que vai se estender até meados de março. O prazo do zoneamento do Ministério da Agricultura (Mapa) recomenda plantar o cereal até o dia 10 de março.

O presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi, observa que os preços do milho estão bem atrativos nesta safra. Em algumas situações passam de R$ 40/saca. Mas alerta que a cotação “não pode ser o único motivo para estimular a tomada de decisão sobre o cultivo do cereal”.

Segundo ele, o Ministério da Agricultura analisou a possibilidade de mudar o zoneamento agrícola para o milho de segunda safra no Estado, mas os técnicos chegaram à conclusão de que não seria possível, porque os riscos climáticos são muito altos.

Dobashi lembra que uma previsão meteorológica da Embrapa Agropecuária Oeste indicou possibilidade de antecipação de geada. “Como produtores, precisamos lembrar que não é só a estiagem ou a geada que prejudicam a produtividade do milho safrinha. Vários outros fatores determinam o zoneamento”, completa o presidente.

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A Aprosoja/MS recomenda cuidados ao semear o milho safrinha, aproveitando a palhada da soja – que está começando a ser colhida ainda em uma boa janela – para semear o cereal ao longo de todo mês de fevereiro. “O risco de uma semeadura tardia do milho pode acarretar prejuízos de alto nível.”

A entidade sugere que, onde não for possível semear o milho na janela do zoneamento, os produtores aproveitem para fazer cultivos de cobertura em áreas com falta de matéria orgânica. Entre as recomendações estão a braquiária, que pode ser consorciada como o milho, e também permite o pastejo do gado, fazendo a integração lavoura-pecuária, que aumenta a grande margem do produtor.

O consórcio de plantas de cobertura também são apontadas como alternativas, principalmente quando se trata de leguminosas, fixadoras de nitrogênio compactante, como crotalária, que acarreta na supressão de nematoides no solo. Para regiões mais frias, como Ponta Porã, Aral Moreira e Antônio João, o cultivo de cereais de inverno podem ser uma solução, como trigo e aveia.

Já o sorgo, bastante cultivado na região norte do estado, é mais explorado para alimentação animal, e tem também valor muito atrativo. O preço pago é inferior ao milho, mas os custos também são mais baixos. “Como o plantio da soja foi feito de maneira muito rápida, teremos chance de plantar bastante área de milho safrinha, sem descuidar dos protocolos de sanidade”, diz Dobashi.
Source: Rural

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