Skip to main content

Durante investigação, a diretora da cervejaria Backer, Paula Lebbos, pediu que os consumidores não bebam a cerveja (Foto: Quinn Dombrowski/CCommons)

 

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) identificou a presença de monoetilenoglicol e de dietilenoglicol em mais seis marcas de cervejas produzidas pela mineira Backer, totalizando oito rótulos contaminados da mesma fabricante. Além dos já divulgados três lotes de Belorizontina, que no Espírito Santo é comercializada com o rótulo de Capixaba, foram encontrados vestígios das substâncias tóxicas nas marcas Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown e Backer D2.

Em nota divulgada na tarde de hoje (16), o ministério informou que as análises realizadas por laboratórios federais de defesa agropecuária identificaram 21 lotes contaminados das oito cervejas produzidas pela Backer. Além desses, a Polícia Civil identificou mais um lote contaminado.

saiba mais

Polícia investiga três mortes por consumo de cerveja contaminada

Chuva alivia efeitos da estiagem, mas 55 municípios já decretaram emergência no RS

Desmatamento na Amazônia Legal cresceu 183% em dezembro

 

Operação

Também esta tarde, policiais civis mineiros cumpriram mandados de busca e apreensão em uma empresa que, segundo a instituição, fornece monoetilenoglicol para a cervejaria Backer, de Belo Horizonte. Segundo a assessoria da corporação, a distribuidora, cujo nome não foi oficialmente divulgado, fica em Contagem, na região metropolitana da capital mineira.

Devido a suas propriedades anticongelantes, o monoetilenoglicol e o dietilenoglicol costumam ser usados em sistemas de refrigeração. A Backer, no entanto, tem negado empregar as duas substâncias em sua linha de produção. Procurada, a cervejaria não se pronunciou sobre as novas conclusões do Mapa, nem sobre o cumprimento dos mandados de busca e apreensão na distribuidora que lhe fornece insumos.

 

Investigação

O Ministério da Agricultura afirma “seguir atuando nas apurações administrativas para identificar as circunstâncias em que os fatos ocorreram e tomando as medidas necessárias para mitigar o risco apresentado pelas cervejas contaminadas”. No último dia 13, a pasta intimou a empresa a recolher dos estabelecimentos comerciais toda a sua produção vendida a partir de outubro de 2019 até a presente data. Antes disso, o ministério já havia lacrado tanques e demais equipamentos de produção e apreendido 139 mil litros de cerveja engarrafada e 8.480 litros de chope.

Esta manhã, a Polícia Civil, que apura as circunstâncias e as responsabilidades pela intoxicação de ao menos 18 pessoas, confirmou a terceira morte em consequência da síndrome nefroneural, associada ao consumo das cervejas Backer. Um quarto caso fatal, envolvendo o óbito de uma moradora da cidade de Pompéu, a cerca de 170 quilômetros de Belo Horizonte, foi confirmado no começo da noite.

saiba mais

China comprará US$ 32 bi a mais em produtos agrícolas dos EUA até 2021

Estudante critica ministra Tereza Cristina durante evento na Esalq

 

Até ontem, exames realizados por peritos da Polícia Civil atestavam a intoxicação por dietilenoglicol de ao menos quatro dos 18 pacientes já identificados. Todos as pessoas internadas devido à suspeita de terem desenvolvido a síndrome nefroneural apresentaram sintomas semelhantes – insuficiência renal aguda de evolução rápida (ou seja, que levou a pessoa a ser internada em até 72 horas após o surgimento dos primeiros sintomas) e alterações neurológicas centrais e periféricas que podem ter provocado paralisia facial, embaçamento ou perda da visão, alteração sensório, paralisia, entre outros sintomas.
Source: Rural

Leave a Reply