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Acordo entre os países foi assinado nesta quarta-feira na Casa Branca, em Washington (Foto: Reprodução/Youtube)

 

Estados Unidos e China assinaram, nesta quarta-feira (15/1), a primeira fase do acordo que visa encerrar uma guerra comercial que que já dura um ano e meio. A cerimônia foi realizada na Casa Branca, em Washington (EUA), com a presença do presidente Donald Trump e do vice-primeiro ministro chinês, Liu He.

Em pronunciamento, Trump mandou uma mensagem de agradecimento ao presidente chinês, Xi Jinping. “Ele representa a China, eu os Estados Unidos, mas desenvolvemos uma relação incrível. Quero agradecer a ele pela cooperação e parceria ao longo desse processo complexo. Nossa negociação foi foi completamente aberta, honesta e respeitosa”, disse.

Entre os principais pontos, está o compromisso dos chineses de ampliar as compras de produtos americanos em US$ 200 bilhões nos próximos dois anos. Na área agrícola, serão, no mínimo, US$ 32 bilhões a mais no período, tomando por base o valor exportado em 2017, que foi de US$ 24 bilhões.

De acordo com a versão em inglês, divulgada pela Representação de Comércio dos Estados Unidos (USTR), a lista de produtos que fazem parte do acordo inclui soja, carnes, trigo, milho e algodão. Já em 2020, a China deve comprar US$ 12,5 bilhões a mais. Em 2021, o valor sobe para US$ 19,5 bilhões. Com isso, o valor total dos negócios entre os países chegará a pelo menos US$ 36,5 bilhões em 2020 e US$ 43,5 bilhões em 2021.

 

Relação ganha-ganha

“O maior impacto será sobre a agricultura americana, com algo entre RS$ 40 e US$ 50 bilhões anuais assegurados nesse acordo”, disse o vice-presidente Mike Pence, para quem a negociação reflete o compromisso com o comércio, livre, justo e recíproco. “O senhor disse aos nosso amigos da China que as coisas precisavam mudar. E hoje a mudança começa”, disse, dirigindo-se a Trump. O presidente pretende, ainda neste ano, negociar a fase 2 do acordo.

Falando em nome do governo chinês na cerimônia, o vice-primeiro ministro, Li Hue, avaliou que o pacto traz benefícios mútuos, em uma relação ganha-ganha, com a expectativa de trazer um crescimento econômico estável e próspero. E assinalou o compromisso estrito do país com o cumprimento das condições.

“Nos dois últimos anos, encontramos algumas dificuldades no campo econômico e comercial. Por vezes, encontramos alguns contratempos porque em algumas questões não estávamos frente à frente. Mas nossas equipes econômicas não desistiram. E baseado em igualdade e respeito mútuo, chegamos à fase 1”, ressaltou.

Sobre as compras de produtos agrícolas americanos por parte do chineses, Li Hue pontuou que “os dois lados acertaram que, de acordo com as demandas da China e alinhados com os termos do mercado chinês, compraremos US$ 40 bilhões em produtos agrícolas dos Estados Unidos e, se a demanda for maior, poderemos comprar mais.”

"Bonança"

Em nota, o secretário da Agricultura dos Estados Unidos, Sonny Perdue, afirmou que o acordo mostra que a estratégia de negociação liderada pelo presidente Donald Trump está funcionando. E que representa um enorme sucesso para toda a economia do país.

“Será uma bonança para os agricultores e pecuaristas americanos. A China não vinha jogando dentro das regras por muito tempo. Agradeço ao presidente Trump por se levantar diante dessas práticas comerciais injustas e colocar a América em primeiro lugar. Estamos ansiosos para exportar para os consumidores chineses, famintos dos produtos americanos”, disse Perdue.
Source: Rural

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