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Segundo a OIA, a produção global na temporada 2019/20 deve ficar em 170,40 milhões de toneladas, ante previsão anterior de 171,98 milhões de toneladas (Foto: Thinkstock)

 

O mercado mundial de açúcar deve registrar déficit de 6,115 milhões de toneladas na safra 2019/20, que vai de outubro deste ano até setembro do ano que vem, estima a Organização Internacional do Açúcar (OIA). Com a atualização, a organização revisou para cima sua previsão anterior de déficit de 4,763 milhões de toneladas.

A OIA afirma que o déficit pode ser ainda maior se as colheitas nos principais produtores asiáticos, incluindo China, Índia e Tailândia, ficarem abaixo das expectativas iniciais. "O maior déficit global pode ser atribuído principalmente ao recuo na produção projetada anteriormente para a Tailândia e os EUA, que pode ser parcialmente compensado por uma safra recorde na Rússia", explica a organização em relatório trimestral divulgado ontem.

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Segundo a OIA, a produção global na temporada 2019/20 deve ficar em 170,40 milhões de toneladas, ante previsão anterior de 171,98 milhões de toneladas. A projeção representa queda de 3,12%, ou 5,484 milhões de toneladas, em relação à produção estimada para 2018/19, de 175,89 milhões de toneladas.

"A projeção de queda para as produções da Índia e da Tailândia parece ser determinante para a oferta 2019/20 (queda de 5,160 milhões de toneladas e 2,291 milhões de toneladas, respectivamente, em relação a 2018/19)", disse a OIA, destacando que a colheita está em fase inicial nesses países, podendo apresentar várias surpresas durante a temporada. Ao mesmo tempo, o consumo deve aumentar 1,32%, ou 2,302 milhões de toneladas, para 176,519 milhões de toneladas.

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Apesar da menor produção, a quantidade de açúcar disponível nos mercados internacionais deve crescer por causa da liberação considerável de cerca de 4 milhões de toneladas de estoques dos principais players, disse a OIA. A oferta disponível para exportação é estimada em 58,50 milhões de toneladas, 988 mil toneladas a mais que no ciclo 2018/19, enquanto a demanda por importação é avaliada em 58,59 milhões de toneladas.

"Um déficit nominal maior nos países importadores provavelmente resultará em aumento da demanda de importação", explicou a organização.A OIA destacou também que a relação entre consumo e estoque está no menor nível desde a safra 2016/17, passando de 55% na safra 2018/19 para 50,5% na safra 2019/20. "Mas ainda assim aparentemente não é baixo o suficiente para provocar uma melhoria nos valores do mercado mundial acima de 15 cents/lb", ressalta a organização.
Source: Rural

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