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Brasileiros estão mais preocupados com uma alimentação mais saudável (Foto: Getty Images)

 

Os brasileiros estão mais preocupados em ter uma alimentação saudável. Segundo levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), publicado em agosto deste ano, oito em cada dez brasileiros afirmam que se esforçam para ter uma alimentação saudável e 71% dos entrevistados alegaram preferir produtos mais saudáveis, mesmo que paguem mais caro por eles.

Ao perceber este novo comportamento, o mercado está mudando o cardápio para oferecer mais opções a quem deseja um produto sem agrotóxico e/ou sem carne. Prova disso é a criação da startup Liv Up, em março de 2016. Fundada pelos empresários Victor Santos e Henrique Castelli, a ideia surgiu para solucionar um problema: dar acesso a uma comida saudável de maneira prática.

Dessa forma, a empresa oferece marmitas, feitas a partir da agricultura familiar, de forma orgânica e refrigeradas por meio da técnica de ultracongelamento – que consiste no congelamento dos alimentos da forma mais rápida possível, com o objetivo de manter as características nutricionais praticamente intactas.

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Para Santos, daqui a pelo menos cinco ou dez anos, as pessoas estarão comendo mais alimentos orgânicos e de forma mais prática. "Entendemos que a própria tecnologia é um catalisador de entregarmos produtos cada vez melhores. A tecnologia não é um fim, mas um meio”, ele afirma. Segundo dados da Liv Up, a startup já vendeu mais de 250 mil refeições, com crescimento de dez vezes em dois anos. 

Carne vegetal

Outro movimento do mercado alimentício são as carnes de origem vegetal. “A categoria plant-based surgiu principalmente para criar uma alternativa a um sistema antiquado de produção de carne, que você gasta muitos recursos naturais, principalmente terra, água e emissão de C02”, afirma o cofundador da Futuro Burger, Marcos Leta.

A categoria plant-based surgiu principalmente para criar uma alternativa a um sistema antiquado de produção de carne

Marcos Leta, cofundador da Futuro Burger

A empresa é a primeira foodtech brasileira que desenvolve carnes plant-based, como um hambúrguer ou carne moída de proteínas de ervilha, grão de bico e soja que imitam o gosto e a textura da carne. Também já existe, no Estado de São Paulo, o açougue que não vende carne, chamado No Bones – The Vegan Butcher Shop.

Lá, são comercializados hambúrgueres feitos com grão de bico, feijão azuki, ervilhas ou lentilhas. Além disso, os produtos, apesar de não serem de origem animal, imitam o corte da carne para que o consumidor se adapte melhor à novidade. 

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Criado por Marcella Izzo e Brunno Barbosa, em dezembro de 2016, a ideia surgiu quando Marcella estava em transição alimentar para o veganismo e sentiu a dificuldade de consumir produtos a base de soja. Ela conta que começou a criar pratos variados, receber encomendas de amigos e resolveu criar o negócio para facilitar a vida de mais pessoas.

Para ela, esse é o reflexo de que os adeptos ao veganismo e vegetarianismo estão crescendo. "A questão da causa animal está ganhando força, a causa ambiental também está tomando força na mídia e a saúde está entrando muito em pauta. O mercado e os restaurantes começaram a se preocupar e a diversificar os cardápios", afirma Marcella. 

FICE 2019

Quer saber mais sobre o futuro da comida? Os representantes da Liv Up, No Bones e Fazenda Futuro estarão presentes no painel “O prato de comida vai mudar”, do Festival de Inovação e Cultura Empreendedora 2019 (FICE), organizado pela revistas Época Negócios, Pequenas Empresas & Grandes Negócios e Valor Econômico, da Editora Globo. O evento acontecerá no dia 23 de novembro às 15 horas no CO.W Coworking Space Berrini, em São Paulo. Para mais informações, acesse este link.
Source: Rural

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