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Peixe encontrado à margens do Rio do Sal, no Ceará (Foto: Ascom/Nossa Senhora do Socorro)

 

“As análises de água que estão sendo feitas não mostram contaminação”, disse à ministra da Agricultura, Tereza Cristina, em entrevista exclusiva à rádio CBN. Ela respondeu à uma pergunta se o Ministério garante à população se é seguro hoje às pessoas consumirem pescados e crustáceos provenientes das áreas afetadas pelo óleo no Nordeste.

“A gente tem monitorado isto dia a dia. Se tiver algum problema o Ministério vai levantar isso. Os testes agora para hidrocarboneto na lagosta e no crustáceo não deram positivo.

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O Ministério da Agricultura proibiu no dia 28 de outubro a pesca de camarão e lagosta nas regiões afetadas pelo vazamento do óleo, mas voltou atrás no dia 30 de outubro, quando a ministra Tereza Cristina declarou que não havia necessidade de proibição e negou o risco de contaminação.

Na semana passada, o secretário da Pesca, Jorge Seif Junior, virou “meme” nas redes sociais após dizer, ao lado do presidente Bolsonaro, que os peixes são inteligentes e fogem das manchas de óleo. “Você já viu cadurme suicida”, disse o secretário aos jornalistas.

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Pesquisa do Instituto de Biologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA) com 50 animais marinhos coletados nas áreas contaminadas detectou resquícios de óleo em todas as amostras.

O professor Francisco Kelmo, da UFBA, disse à Agência Estado que quando o óleo chega à costa, o material se deposita em rochas, areias e manguezais, que são onde mariscos, caranguejos, ostras e siris se alimentam. “Quando esses animais filtram a água do mar, o petróleo entra no sistema respiratório. Em alguns casos, morrem por asfixia; em outros, o metal pesado se deposita no tecido. Pela cadeia alimentar, esses metais pesados são transferidos para nós, o que é algo extremamente perigoso. Como metais pesados não são excretados pelo ser humano, esses resíduos ficariam dentro do corpo pelo restante da vida”, alerta Kelmo.
Source: Rural

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