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Presidente Jair Bolsonaro em encontro com autoridade dos Emirados Árabes Unidos (Foto: Palácio do Planalto)

 

O presidente Jair Bolsonaro disse, neste domingo (27/10), que o Brasil está recuperando sua confiança perante o mundo e está se tornando cada vez mais aberto aos negócios. Ele fez um discurso durante um seminário empresarial, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, onde está em missão oficial desde sábado (26/10).

“Confiem em nosso país. Temos muito a oferecer, bem como os senhores têm a nos oferecer. Isso tudo para o bem de nossos povos”, disse o presidente. “Assinamos acordos e protocolos de intenção. É a forma mais concreta que temos de demonstrar confiança junto aos senhores. Nos próximos dias, teremos um dos maiores leilões do pré-sal em nosso país. Convido-os a participar”, disse ele.

Durante seu pronunciamento, Bolsonaro destacou indicadores macroeconômicos que estão em patamares baixos, como a taxa básica de juros, a Selic, hoje em 5,5% ao ano, além da inflação, que, segundo ele, deve fechar o ano abaixo do centro da meta. O presidente disse ainda que o risco-Brasil está diminuindo, bem como a taxa de desemprego no país.

O presidente destacou a aprovação da Reforma da Previdência. Afirmou ter 100% de confiança no trabalho do ministro Paulo Guedes, que não está na comitiva presidencial. Segundo Jair Bolsonaro, a atuação do ministro tem despertado atuação internacional. Mas ainda há desafios na área econômica, como as reformas tributária e administrativa.

Na área internacional, o presidente destacou o fechamento do Acordo Comercial entre Mercosul e União Europeia. Ressaltou também a intenção do Brasil de passar a fazer parte da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

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“O Brasil é um país que está abrindo o seu comércio com o mundo. Estamos diminuindo muito a questão burocrática e tudo aquilo que poderia atravancar a relação comercial. Estamos vencendo essas barreiras”, disse ele.

De acordo com o divulgado pelo Palácio do Planalto, a intenção da viagem é intensificar as relações comerciais e diplomáticas com os Emirados Árabes. A agropecuária é apontada como uma das principais áreas de interesse em relação ao Brasil. De acordo com o MInistério da Economia, o país é o segundo maior destino de exportações brasileiras no Oriente Médio.

Em relação especificamente ao agronegócio, s Emirados Árabes são apenas o 15º destino das exportações do setor neste ano, mostram os dados do governo brasileiro, mas a participação também aumentou. De janeiro a setembro, os embarques somaram US$ 1,025 bilhão, 5,4% a mais que no mesmo período em 2018, quando a receita somou US$ 972,8 milhões. A participação do país nas exportações agropecuárias passou de 1,3% para 1,4% do total, conforme o Ministério.

O complexo carnes lidera as exportações para o país. De janeiro a setembro de 2019, os embarques totalizaram 331,8 mil toneladas, com um faturamento de US$ 675,33 milhões. No intervalo dos primeiros nove meses de 2018, foram 260,6 mil toneladas e uma receitas de US$ 464,59 milhões.

O açúcar é outro produto relevante, embora os dados do Ministério da Agricultura mostrem queda nas exportações. De janeiro a setembro, foram embarcadas 630,95 mil toneladas do produto, com receita de US$ 173,30 milhões. No mesmo período no ano passado, os exportadores venderam 1,27 milhão de toneladas e faturaram US$ 375,4 milhões.

(Fonte: Ministério da Agricultura)

 

Argentina

Questionado sobre a situação da Argentina, o presidente Jair Bolsonaro disse que a intenção é ampliar o comércio com o país vizinho, que passa por um momento de eleição presidencial. As pesquisas eleitorais apontam para uma vitória da chapa Alberto Fernandez e Cristina Kirchner, que pertencem a um grupo político do qual o presidente brasileiro é crítico. Bolsonaro é mais próximo do atual presidente, que tenta a reeleição em meio a uma grave crise econômica no país.

“Da nossa parte, queremos ampliar qualquer comércio com a Argentina. Mas, obviamente, como integrante do Mercosul, as cláusulas democráticas têm que se fazer valer”, disse Bolsonaro, conforme publicado pelo portal G1, acrescentando esperar que Alberto Fernandez, caso seja eleito, não reveja o acordo entre Mercosul e União Europeia

A chapa encabeçada pelo presidente Maurício Macri já sofreu uma derrota significativas nas primárias. E, a considerar o que dizem as pesquisas de intenção de voto, tem uma missão difícil para levar a disputa para o segundo turno nas eleições deste domingo.

O resultado indicado pelas pesquisas preocupa o setor rural argentina, que não teve boas relações com o governo durante a administração de Cristina Kirchner, candidata a vice-presidente na chapa de Fernandez. Uma das medidas mais impopulares para a agropecuária argentina foi o estabelecimento das chamadas retenciones, os impostos de exportação, para commodities agrícolas.
Source: Rural

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