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Plenárias discutem assuntos como sucessão familiar e gestão dos negócios sob a perspectiva da participação das mulheres no agronegócio (Foto: Mariana Grilli/Ed. Globo)

 

Mulheres de quase todos os estados brasileiros se reúnem, em São Paulo (SP) para trocar informações e compartilhar suas experiênciasna agropecuária. São quase 2 mil, que atuam em diferentes segmentos e tamanhos de propriedade rural participando do Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio. Em sua quarta edição, o evento sinaliza um objetivo comum: aprimorar a gestão. Tema deste ano, a Integração de Redes é o que se busca na prática nos 8 mil m² do Transamérica Expo Center. Uma tentativa de criar um ambiente propício para defender interesses em comum, como a igualdade de participação nos negócios em comparação com os homens.

Vivian de Freitas é pecuarista no Tocantins e diz que a união das mulheres precisa acontecer em nível nacional. Ainda que existam encontros regionais e grupos de Whatsapp – ferramenta bastante usada para unir as mulheres -, “temos que avançar como classe, sentar nas mesas de negociação de igual para igual”. Sua propriedade é herança dos pais, que morreram em um acidente de carro. A sucessão no comando dos negócios foi abrupta, “por isso eu tive que assumir e profissionalizar nossa atuação e a gestão”, reforça Vivian.

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Ainda que algumas mulheres já estejam mais à frente, há o que desbravar. E não foi fácil para Carla Rossato, produtora de soja, milho e pecuária bovina nas cidades de Sertaneja e Santa Mariana, no Paraná. Assumindo os negócios da família, ela viu a necessidade de recuperar parte da propriedade dos pais, após uma invasão, em julho de 1997. De lá para cá, ela viu que era possível reerguer a produtividade. Mas foi preciso profissionalizar a gestão.

Mostrando aplicativos no smatphone, que auxiliam nas decisões, Carla afirma que “quem está na administração, incluindo as mulheres, muitas vezes também está no manejo, limpa o radiador, anda a cavalo e entende da adubação do solo”. Ela vê a troca de experiências como enriquecedora para os negócios. “A mulher precisa se provar muito mais, por isso eu vejo que essa união é geral e devemos mostrar que temos total competência”.

Mas não é só nas fazendas de soja, milho e gado que as mulheres buscam mais protagonismo. Carine Assunção, administradora e diretora da Cooperativa COOPESSBA, afirma que as maiores regiões produtoras de cacau ainda são gerenciadas por homens. E elas precisam sair da sombra dessa realidade. “Focando em nichos de melhor qualidade do cacau, é possível expandir a atuação da mulher na produção e condução do mercado de chocolates”, pontua.

O 4º Congresso Nacional das Mulheres do Agronegócio termina nesta quarta-feira (9/10).
Source: Rural

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