Skip to main content

Incêndio na Amazônia (Foto: Emiliano Capozoli/Ed.Globo)

 

O procurador Ricardo Negrini, do Ministério Público Federal de Belém, no Estado do Pará, disse que as investigações sobre o ‘dia do fogo’ estão avançadas e que não vai ser difícil chegar aos autores, porque está confirmado que a ação deles foi efetivamente organizada e planejada dentro de um grupo de Whatsapp, criado em Novo Progresso, município da região sudoeste do Estado.”

O procurador, que participou de um evento organizado pela Coalizão Brasil nesta sexta-feira (06/9), em São Paulo, confirma que em um caso desses, quando se usa aplicativos de celular, a Justiça pode pedir quebra dos sigilos dos celulares utilizados pelos criadores do grupo e seus participantes, para desvendar o crime. “Foi um movimento muito forte, muita gente de Novo Progresso, participando, pelo WhatsApp, temos todas as informações nesse sentido", disse.

saiba mais

Fogo na Amazônia

O Brasil está pegando fogo

Globo Rural no meio do fogo: nossos repórteres flagram queimada na floresta

 

Perguntado se o Ministério Público Federal sabia de antemão que esse grupo estava planejando as queimadas da BR 163, pelo aplicativo, o Procurador afirmou:

“Sim, nós ficamos sabendo, tanto que o Ministério Público Federal teve o cuidado de avisar o Ibama antes desses acontecimentos e solicitar providências. Nós pedimos que fosse feita alguma coisa para evitar isso.  Não conseguimos porque o Ibama alegou que não tinha condições de garantir a sua própria segurança. Eles pediram apoio da Polícia Militar do Pará, que recusou prestar esse apoio, então nós estamos investigando isso”, afirmou.

Negrini disse ainda que o Ministério Público Federal quer saber o motivo pelo qual a Polícia Militar do Pará recusou ajuda ao Ibama para impedir a ação, planejada para o dia 10 de agosto. “Não tem como os fiscais do Ibama ir para uma área dessas conflagrada, uma área perigosa, sem apoio policial. Então, infelizmente, foi essa situação, oriunda pela Polícia Militar do Pará e da Secretaria de Segurança Pública do Estado, que comprometeu a fiscalização desse crime. Estamos solicitando explicações a esses órgãos,” disse.
Source: Rural

Leave a Reply