Skip to main content

"Eles precisavam baser primeiro do Brasil o que está acontecendo", disse Tereza cristina sobre críticas ao Brasil pela situação da Amazônia (Foto: Ministério da Agrocultura)

 

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, reconheceu, nesta sexta-feira (23/8), são preocupantes as sinalizações de eventuais embargos ao Brasil por conta de dados sobre o desmatamento e queimadas na Amazônia. Defendeu, no entanto, que é preciso, primeiro “baixar a temperatura” e que não se pode dizer que o agronegócio é o grande destruidor e usar esse argumento para impor barreiras ao país.

“Eles precisavam saber primeiro do Brasil o que está acontecendo antes de tomar qualquer tipo de medida. Quando houve incêndios em Portugal, este ano teve incêndio na Sibéria, enfim, teve incêndio no mundo todo na época seca também da Europa, e o Brasil não foi lá questionar e nem pedir para não receber nada. O que a gente precisa é baixar essa temperatura”, disse a ministra.

saiba mais

Setor de florestas plantadas diz acompanhar com apreensão situação da Amazônia

Indústria de soja é firme no compromisso com sustentabilidade, diz Abiove

 

A ministra fez as declarações durante cerimônia de assinatura de um convênio com o Banco do Nordeste (BNB) para subsidiar políticas públicas e privadas voltadas para a Caatinga. Foi uma resposta a declarações de representantes de países europeus, que sinalizaram não ratificar o acordo comercial Mercosul-União Europeia ou mesmo impor embargos a produtos do agronegócio brasileiro.

Tereza Cristina pontuou que queimadas acontece todos os anos, por conta do clima mais quente e seco na região amazônica. Segundo ela, como o tempo está mais seco do que em anos anteriores, razão pela qual o número de focos de calor aumentou Na visão dela, é preciso diferenciar o que, de fato, são queimadas e o que seriam incêndios criminosos e punir os culpados por ilegalidades.

“Existem queimadas que, às vezes, são ilegais, feitas por grileiros, não podemos misturar todo mundo. E tem também uma parte ideológica que eu acho que a gente precisa separar, e nós brasileiros temos obrigação de defender o Brasil. Estão erradas as queimadas? Vamos para a ação. Vamos ver quem está queimando, vamos punir quem precisa ser punido, quem está fazendo errado”, disse ela.

Árdua missão

Também nesta sexta-feira (23/8), em discurso durante cerimônia militar alusiva ao Dia do Soldado, comemorado oficialmente em 25 de agosto, o presidente Jair Bolsonaro mencionou a Amazônia. Citou uma frase proferida em 1970 pelo gerenal de exército Rodrigo Octavio Jordão Ramos, segundo quem "árdua é a missão de desenvolver e defender a Amazônia. Muito mais difícil, porém, foi a de nossos antepassados em conquistá-la e mantê-la".

Na quinta-feira, Bolsonaro rebateu em seu perfil no Twitter declarações do presidente da França, Emmanuel Macron, que chegou e pedir que o G7, grupo que reúne as principais economias do mundo e a Rússia, para discutir a situação da Amazônia. O presidente brasileiro lamentou a postura de Macron, que classificou como colonialista, e disse que está aberto ao diálogo sobre a situação da região.

“O Governo brasileiro segue aberto ao diálogo, com base em dados objetivos e no respeito mútuo. A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI”, postou o presidente.

Você pode ler o conteúdo das edições e matérias exclusivas no Globo Mais, o app com conteúdo para todos os momentos do seu dia. Baixe agora!
Source: Rural

Leave a Reply