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Secretário-geral da ONU, António Gutérres (Foto: Nações Unidas.org)

 

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, se mostrou "profundamente preocupado" com as queimadas na Amazônia. De 1.º de janeiro até essa terça-feira (20/8), foram contabilizados 74.155 focos, alta de 84% ante o mesmo período de 2018, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Um pouco mais da metade (52,6%) desses focos têm ocorrido na Amazônia."Em meio a uma crise climática internacional, não podemos permitir que se produzam mais danos em uma importante fonte de diversidade e oxigênio", disse Guterres, em sua conta no Twitter.

A ativista climática Greta Thunberg, de 16 anos, idealizadora do movimento estudantil Fridays for Future contra o aquecimento global, também se manifestou contra as queimadas que atingem a floresta amazônica. A ativista está a bordo do Malizia II rumo a Nova York para participar de uma conferência sobre o clima na sede da ONU."Mesmo aqui no meio do Oceano Atlântico, eu ouço sobre a quantidade recorde de incêndios devastadores na Amazônia. Meus pensamentos estão com os afetados. Nossa guerra contra a natureza deve acabar", disse Greta.

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Críticas a Bolsonaro
Sem apresentar provas nem indicar entidades suspeitas, o presidente Jair Bolsonaro tem dito que organizações não governamentais (ONGs) podem estar por trás de incêndios criminosos, o que foi rebatido pelas entidades. "A declaração é, antes de tudo, covarde, feita por um presidente que não assume seus atos e tenta culpar terceiros pelos desastres ambientais que ele mesmo promove no País", disse ao jornal O Estado de S. Paulo o coordenador de políticas públicas do Greenpeace, Marcio Astrini.

"A Amazônia está agonizando e Bolsonaro é responsável por cada centímetro de floresta que está sendo desmatada e incendiada." O WWF-Brasil afirmou que a prioridade do governo deveria zelar pelo patrimônio, e não criar "divergências estéreis e sem base na realidade" do que ocorre na regiãoSegundo análise técnica do Instituto de Pesquisas Ambiental da Amazônia (Ipam), só a seca prolongada não explica a alta nas queimadas no bioma. As dez cidades amazônicas com mais focos de fogo também tiveram as maiores taxas de desmate. Para os cientistas do Ipam, a concentração nessas áreas, com estiagem branda, indica o caráter intencional dos incêndios para limpar desmate recente.

Comissão na Câmara
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse em seu perfil pessoal no Twitter que a Casa vai criar uma comissão externa para acompanhar o problema das queimadas que atingem a Amazônia. Além disso, o parlamentar informou que vai realizar uma comissão geral nos próximos dias para avaliar a situação e propor soluções ao governo,

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Source: Rural

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