Skip to main content

"Relacionamento comercial entre BRF e Marfrig permanece inalterado", diz o comunicado da empresa (Foto: Lucas Tavares/Agência O Globo)

 

BRF e Marfrig encerraram as negociações sem chegar a um acordo e desistiram da ideia de se fundir. Em comunicado divulgado ao mercado, a BRF informou que o acordo não foi possível por conta de divergências sobre como seria a governança da nova empresa resultante do negócios.

“Apesar do término das tratativas para a combinação de seus negócios, o relacionamento comercial entre a Companhia e Marfrig permanecerá inalterado e não haverá quaisquer modificações nas práticas, condições e termos previstos em contratos por elas celebrados”, diz nota.

As duas empresas tinham anunciado em 30 de maio estarem estudando a possibilidade de se unir, apostando no fato das operações serem complementares. Se o negócio fosse concretizado, seria a fusão da segunda maior processadora de carne bovina do mundo com um dos maiores competidores globais em carne de frango e suína, formando uma empresa de R$ 80 bilhões em faturamento.

+ Peste suína africana: Phibro anuncia avanço em pesquisa sobre vacina
+ JBS ampliará em 50% capacidade produtiva da unidade de Ituiutaba

O prazo para avaliar uma possível fusão era de 90 dias, prorrogáveis por mais 30. Em meados de junho, o presidente do Conselho de Administração e CEO da BRF, Pedro Parente, destacou que as duas empresas têm diferenças importantes no seu modo de atuação. E acrescentou que o uma eventual fusão das duas operações deveria ser bem avaliada por conta de suas complexidades.

Em entrevista a Globo Rural, no final de junho, o diretor de Sustentabilidade da Marfrig, Paulo Pianez, disse que havia a intenção de fundir as duas empresas, mas ainda havia pouca informação pela necessidade de se analisar seus processos internos Destacou, no entanto, que, se o negócio viesse a acontecer, seria a união de companhias com grande grau de complementariedade.

No modelo anunciado em maio, a BRF ficaria com 85% das ações da nova empresas, cabendo os 15% restantes à Marfrig. Segundo o jornal Valor Econômico, as divergências em relação à governança se concentraram em dois pontos: do lado da Marfrig, a participação e o poder de decisão do empresário Marcos Molina, que passaria a ter apenas 5% das ações da nova empresa.

Do lado da BRF, o principal questionamento estava relacionado à participação dos Fundos de Pensão, que têm cerca de 20% do capital da empresa. Além disso, informa o jornal na edição desta sexta-feira (11/7), parte do Conselho de Administração não concordava com a ideia de uma fusão. Não enxergava lógica na ideia da empresa passar a produzir carne bovina, que têm margens mais baixas.

Curte o conteúdo de Globo Rural? Agora você pode ler o conteúdo das edições e matérias exclusivas no Globo Mais, o app com conteúdo para todos os momentos do seu dia. Baixe agora!
Source: Rural

Leave a Reply