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soja grãos plantação chuva tempestade lavoura (Foto: Getty Images)

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) cortou em mais de oito milhões de toneladas sua estimativa para a safra americana de soja 2019/2020. A produção estimada em junho em 112,95 milhões de toneladas em junho passou para 104,64 milhões, de acordo com o relatório de oferta e demanda de junho, divulgado nesta quinta-feira (11/7).

Houve revisão para baixo também nos estoques iniciais da safra dos Estados Unidos. A estimativa passou de 29,13 milhões para 28,56 milhões de toneladas. Com a produção menor e uma expectativa de consumo interno mantida em 61,09 milhões de toneladas, o USDA revisou o volume que o país deve exportar do grão no ciclo 2019/2020, de 53,07 milhões para 51,03 milhões de toneladas.

O governo americano avalia que a safra do país deve terminar com estoques bem mais baixos que os da estimativa anterior. O número foi revisado de 28,45 milhões no relatório de junho para 21,63 milhões de toneladas no atual.

“A projeção de produção de soja para 2019/2020 foi reduzida em função das menores áreas de plantio e colheita relatadas em 28 de junho e com queda na produtividade”, diz o relatório. Diante do cenário, o USDA elevou em US$ 0,15 sua estimativa para o preço médio em relação a junho, para US$ 8,40 por bushel.

O USDA informa ainda que, em função das dificuldades enfrentadas pelos produtores e o atraso no plantio desta safra de soja, deve revisar suas informações sobre a área plantada. E que, havendo mudanças, os dados devem ser atualizado em agosto. No final de junho, os técnicos estimaram 32,39 milhões de hectares, a menor desde 2013 e 10% inferior à registrada na safra 2018/2019.

Na segunda-feira (8/7), o Departamento informou que 96% da área reservada para a oleaginosa haviam sido plantados até o último domingo (7/7), um avanço de quatro pontos percentuais em relação à semana anterior. Nessa mesma época no ano passado, o trabalho de campo já estava terminado. A média para esse período entre os anos de 2014 e de 2018 é de 99% plantados.

As condições das lavouras tiveram leve piora na semana passada. As áreas classificadas como boas a excelentes caíram de 54% para 53% na última semana. Em 35%, as condições são regulares. Entre as ruins e muito ruins, a proporção passou de 11% para 12% do total na comparação com a anterior. Nessa época em 2018, 71% eram boas a excelentes, 22% regulares e 7% de ruins e muito ruins.

América do Sul

Em relação à safra 2019/2020 do Brasil, que deve começar a ser semeada a partir de setembro próximo, o USDA manteve a projeção de colheita em 123 milhões de toneladas, o que colocaria o país como líder mundial na produção da oleaginosa. A estimativa para o consumo interno também ficou inalterada, em 46,50 milhões de toneladas.

Mas o Departamento acredita que o Brasil começa a safra nova com estoques um pouco maiores. No relatório de julho, revisou o número de 26 milhões para 26,75 milhões de toneladas. E deve exportar mais, também. A estimativa passou de 75 milhões para 76 milhões de toneladas de um mês para cá. Com isso, a safra brasileira 2019/2020 deve termina com estoques de 27,45 milhões de toneladas, não os 27,7 milhões previstos no relatório de oferta e demanda divulgado em junho.

O USDA também manteve sua previsão para a produção de soja da Argentina em 53 milhões de toneladas. Foram mantidas também as estimativas de estoque inicial (29,45 milhões de toneladas) e consumo interno (52,15 milhões). Já o número para as exportações argentinas passaram de 7 milhões para 8 milhões de toneladas e os estoques finais revisados de 27,6 milhões para 26,6 milhões de toneladas.
Source: Rural

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