Monitoramento após a operação deve ocorrer a cada dois meses. (Foto: Banco de Imagens)
A Associação Ambientalista Terra Viva (Atevi) liberou na última semana 2 mil alevinos de garoupa, na Ilha das Cabras, na região de Ilhabela (SP), santuário ecológico em que a pesca é proibida. A espécie é ameaçada de extinção. Os peixes foram criados em cativeiro. Desde março, já foram introduzidos mais de 10 mil alevinos na região.
A garoupa também está ameaçada no Mediterrâneo, onde é muito pescada, em países como França, Itália e Espanha. “Aqui no Brasil, a situação é igualmente preocupante”, diz a veterinária Claudia Kerber, responsável técnica do projeto da Atevi. Com uma carne considerada saborosa, a garoupa costuma atingir 50 quilos. Com isso, sua pesca é considerada rentável pelos pescadores.
Garoupa costuma atingir 50 quilos. (Foto: Banco de Imagens)
Para obter exemplares semelhantes aqueles que habitam a região de Ilhabela, a Atevi mapeou o perfil genético das garoupas selvagens e promoveu acasalamentos para que as características dos alevinos fossem semelhantes a de seus primos de Ilhabela.
O projeto, que recebeu um financiamento de R$ 190 mil da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, deve durar dois anos. Os monitoramentos devem ser feitos a cada dois meses. O objetivo é que os dados coletados motivem a criação de política públicas.
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“Os recursos serão destinados aos processos de reprodução, avaliação do projeto e aquisição de alevinos, entre outras ações”, diz Karynna Tolentino, analista de projetos ambientais da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. “É fundamental proporcionar a conservação das espécies para a sustentabilidade do ecossistema”, afirma.
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Source: Rural