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O preço mínimo discrepante impede a sua utilização como base para políticas públicas (Foto: Ernesto de Souza/ Ed. Globo)

 

Os preços mínimos do café não estão de acordo com os custos de produção dos cafeicultores brasileiros, que aumentaram em maior proporção em virtude dos reajustes de insumos, como combustíveis, fertilizantes, entre outros. A constatação é de participantes da audiência pública da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, na Câmara dos Deputados, realizada na terça-feira, 14, em Brasília (DF).

Os valores atuais do preço mínimo do café, definidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), estão em R$ 362,53 (saca de 60 kg de café arábica) e R$ 210,13 (saca de 60 kg e café conilon). Em comunicado da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o presidente da Comissão Nacional do Café da entidade, Breno Mesquita, informou que a defasagem é tanta que o café conilon, por exemplo, poderá não ser contemplado dentro de um instrumento de apoio à safra 2019 que está sendo negociado.

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O preço mínimo discrepante impede a sua utilização como base para políticas públicas. "O preço de referência seria muito irreal. É preciso rever os conceitos do preço mínimo, realmente colocar mais perto da realidade para que o produtor brasileiro de café possa fazer jus aos instrumentos que existem e objetivar renda para a sua atividade", afirmou ele, na nota.

A CNA defende que existam, pelo menos, dois preços mínimos para cada tipo de café tendo como base o sistema de produção – cafeicultura mecanizada e não mecanizada por causa das diferentes características e custos de cada uma delas.

"A cafeicultura brasileira passa por um dos piores momentos da sua história. Estamos dando uma contribuição importante para que possamos fazer, minimamente, correções nos preços de café que estão muito aquém da realidade", disse o deputado federal Evair Vieira (PP-ES), autor do requerimento para a realização da audiência pública.

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Source: Rural

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