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Brad Crews, presidente global da Case esteve na Agrishow deste ano. (Foto: Joel Silva/Ed.Globo)

 

O visitante que observa espantado as colheitadeiras, plantadeiras e pulverizadoras gigantes nos estandes de feiras agropecuárias ou concessionárias pode pensar que as máquinas agrícolas chegaram ao tamanho limite, teoria já defendida por alguns especialistas do setor. Em visita à Agrishow, realizada em Ribeirão Preto (SP) entre 29 de abril e 3 de maio, o presidente mundial da Case IH, Brad Crews, que assumiu o cargo há dois meses, discorda. “As máquinas do futuro serão ainda maiores e, especialmente na América do Sul, elas serão necessárias. Teremos no campo um enxame de colheitadeiras autônomas sem operador lideradas por outra com um operador.”

Teremos no campo um enxame de colheitadeiras autônomas sem operador lideradas por outra com um operador"

Brad Crews

O norte-americano Crews, que havia deixado a CNH em 2017, após 23 anos de empresa, disse que volta da aposentadoria para liderar a Case no caminho para a maior revolução que o agronegócio vai passar nos próximos 20 anos. Essa revolução inclui a autonomia das máquinas, a digitalização crescente dos dados e a servitização, transformação dos produtos em serviços.

O executivo acredita que o produtor brasileiro, que ele classifica com um dos melhores do mundo, vai superar num futuro próximo a falta de conectividade no campo, as máquinas vão “conversar” entre si e a transmissão de dados em tempo real vai resultar em aumento da produtividade. Uma das soluções, diz, é o ConectarAgro, serviço lançado pela CNH e mais sete empresas na Agrishow deste ano para levar conexão 4G 700 Mhz para as propriedades rurais.

Colheitadeira da Case exposta em Ribeirão Preto (Foto: Joel Silva/Ed.Globo)

 

Dentre as mudanças que prevê na agricultura do futuro, Crews cita também a substituição dos pulverizadores por drones e mudanças radicais na regulação dos químicos. Sobre o avanço da IA (Inteligência Artificial) no campo, o presidente acredita que alguns equipamentos, como os pulverizadores, e a logística da cana-de-açúcar serão mais impactados pelas novidades. “Será mais uma evolução do que uma revolução.”

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Sem citar números, Crews afirma que a Case deve investir pesado no Brasil nos próximos anos no desenvolvimento de colheitadeiras de grãos, colhedoras de cana, plantadeiras, pulverizadores e tratores. “Cada vez teremos mais equipamentos desenvolvidos especialmente para atender as necessidades dos produtores brasileiros.” Ele justifica esse investiimento dizendo que a intensidade das operações agrícolas no Brasil, especialmente no Mato Grosso, são muito maiores do que em qualquer outro lugar do mundo.

O presidente diz que as máquinas da Case que serão desenvolvidas nos próximos anos deverão ter arquitetura aberta para conexão com equipamentos multimarcas dos clientes. Segundo ele, a ferramenta de agricultura de precisão da Case já é aberta.

Neste ano, a multinacional comemora 75 anos da mecanização da colheita de cana no mundo com o lançamento de uma edição especial da colhedora A8810 Single Row, assinada por John Pearce, australiano que trouxe ao Brasil a tecnologia Austoft, embarcada nas máquinas da Case. A colhedora, fabricada na cor preta em vez do vermelho tradicional, está em exposição na Agrishow.

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Source: Rural

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