Todas as unidades fabricadas da Momentum, lançada no final de 2018, já foram vendidas. (Foto: Massey)
Uma plantadeira gigante de R$ 1,2 milhão que passa de 18 metros de largura para 3,6 metros em 90 segundos é a grande atração do estande da Massey Ferguson na Agrishow deste ano. Quando a máquina acoplada a um trator começa a ser dobrada, produtores, expositores de outras marcas e até vendedores sacam o celular para gravar um vídeo.
A plantadeira Momentum, 100% desenvolvida no Brasil para atender o mercado global, também está disponível nos estantes da Valtra e da Fend, que como a Massey fazem parte da AGCO, fabricante global de máquinas agrícolas. Além das cores características de cada empresa, a diferença é que o modelo em exposição na Fendt, voltado para os grandes produtores de grãos, distribui também fertilizantes, além das sementes.
Eduardo Nunes, diretor de vendas da Massey, afirma que todas as unidades fabricadas da Momentum, lançada no final de 2018, já foram vendidas. Em 2020, o equipamento será exportado para a América do Sul e Europa.
O investimento e desempenho da Momentum reforçam a aposta da marca em plantadeiras. Em 2018, as vendas da Massey desse tipo de equipamento cresceram 20% em relação ao ano anterior. No caso das colheitadeiras, o aumento foi de 8%.
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Para 2019, a empresa espera um aumento de 10% nas vendas totais, graças à continuidade da estratégia lançada em 2017 de renovar 100% do seu portifólio de produtos em cinco anos. "Já lançamos mais de cem produtos e nossos planos estão enraizados no crescimento potencial do agronegócio, no incremento de área plantada e no aumento de uso de tecnologia", afirma Alfredo Jobke, diretor de marketing. Outro motivo para o otimismo, diz, é a necessidade de renovação da frota brasileira: 61% dos tratores têm mais de 10 anos e 69% das colheitadeiras também.
Neste ano, para festejar cada venda na Agrishow, a Massey adotou uma ação especial: o produtor recebe uma chave, se dirige a um totem que simula a cabine de uma máquina agrícola e dá a partida no equipamento. Junto com o som do motor, são acesos faróis e piscas e uma buzina "grita" nas caixas de som do estande.
Crédito
Para Nunes, o agronegócio brasileiro está estruturado em torno das linhas de crédito do BNDES e não pode haver mudança nessa política sem uma transição, sob o risco do agronegócio brasileiro perder sua competitividade. Para comprovar, ele disse que, assim que a ministra Tereza Cristina anunciou, na abertura da feira de Ribeirão, o aporte de R$ 500 milhões para o financiamento de máquinas agrícolas pelo Moderfrota, muitos produtores foram ao estande protocolar pedidos que estavam represados desde março, quando os recursos subsidiados começaram a faltar.
"Estamos cautelosos com as análises do governo sobre o novo Plano Safra, mas otimistas que os juros serão competitivos."
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Source: Rural