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A chegada da Fendt no mercado brasileiro integra um projeto de expansão global da marca alemã (Foto: Divulgação)

 

O Grupo AGCO anunciou, nesta terça-feira (23/4) a entrada da marca Fendt no Brasil. A empresa está concentrando suas operações no Brasil na região Centro-oeste, e começa, neste ano, a comercializar dois modelos de tratores importados da Alemanha e ainda sem previsão de ter sua fabricação nacionalizada. A primeira venda foi feita para o Grupo Bom Futuro, de Mato Grosso.

A chegada da Fendt no mercado brasileiro integra um projeto de expansão global da marca alemã, que está também na África do Sul, Austrália, Ásia e Estados Unidos. A sede no território brasileiro fica em Sorriso (MT) começou a ser planejada há dois anos. Do local, será comandada a operação sul-americana. O passo seguinte no continente é entrar na Argentina, que pode acontecer já em 2020.

“Desde 2015, investimos mais de US$ 300 milhões em expansão e modernização de plantas e de tecnologia na América do Sul. A região tem maior potencial de e expansão do mundo em termos de áreas agricultáveis e o Brasil lidera esse potencial”, avalia o presidente de AGCO América do Sul, Luis Fernando Felli, em encontro com jornalistas, em São Paulo (SP).

Plantadeira de 40 linhas leva 1 minuto e 20 segundos para dobrar, segundo a empresa.(Foto: Divulgação)

 

Para montar a operação em Mato Grosso, o investimento previsto é de R$ 150 milhões em estruturas administrativas e comerciais, suporte e peças. Segundo os executivos da empresa, foi montada uma equipe específica para análise do mercado brasileiro e sul-americano e, a partir desse trabalho, tomou-se a decisão de montar uma divisão própria, independente de outras operações da AGCO.

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“A partir da nossa divisão em Mato Grosso, vamos começar a expandir nosso negócio para os demais estados. Queremos estar presentes nacionalmente. Vamos buscar parcerias com concessionários e expandir nossa rede pelo país”, explicou o Diretor da Fendt para América do Sul, José Galli, também no evento.

A apresentação oficial será na próxima semana, na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). Diferente da Europa, onde vende também tratores de pequeno porte, a aposta da Fendt no Brasil é no grande porte e de alta potência. Os negócios começam com dois modelos, de 470 cavalos e 517 cavalos, com promessa de conforto, alta eficiência, baixo consumo e custo de manutenção. O valor da máquina de maior potência gira em torno de US$ 450 mil.

“Estamos começando com um volume limitado de tratores. Mas nossa visão é trazer para o Brasil um portfólio completo”, afirma Felli. Até o final deste ano, a Fendt devem expor no Brasil tratores com potência de 300 a 420 cavalos de potência, como complemento de linha a ser comercializada no país.

Para viabilizar a comercialização, o trator foi incluído em regime de ex-tarifário, voltado para a importação de produtos que não tem similar fabricado no país. Além de permitir a entrada do produto no mercado, possibilita o acesso a linhas de crédito oficial, como o Moderfrota, ou recursos de fundos constitucionais, como o do Centro-oeste. O banco da própria montadora também será opção para o cliente.

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“Como nosso volume é limitado a tratores de alta potência, vamos trabalhar com clientes grandes que têm também acesso a outras linhas de crédito. O Banco Fendt deve ter ofertas em dólar, em euros também”, explicou Galli, ao comentar as atuais incertezas relacionadas ao financiamento de maquinário agrícola.

 

Vamos trabalhar com clientes grandes que têm também acesso a outras linhas de crédito"

José Galli

Iniciando as operações com volume restrito e direcionado para a clientela do Cerrado, os executivos afirmam ainda não ter uma ideia da participação no mercado brasileiro de tratores. Descartam também a concorrência com Massey Ferguson e Valtra, as outras marcas de máquinas agrícolas do Grupo AGCO.

“Nossos portfólios não conflitam. Estamos trazendo equipamentos maiores, que não estão presentes nas linhas de Massey e Valtra. Falar em market share agora é difícil, estamos com poucas unidades”, acrescentou o diretor da Fendt.

A empresa deve começar a vender colhedoras de grãos no Brasil no próximo ano (Foto: Divulgação)

 

Plantadeira e colhedora

Para 2020, a Fendt planeja iniciar as vendas de uma plantadeira projetada e fabricada no Brasil, em Ibirubá (RS). É o primeiro projeto brasileiro da empresa que servirá como referência global para esse tipo de equipamento. O implemento é equipado com 40 linhas para plantio com e sem fertilizante. A promessa é de facilidade no transporte, maior capacidade de adubo e precisão no plantio.

Também no ano que vem, a empresa deve começar a vender colhedoras de grãos no Brasil, um projeto novo e que consumiu US$ 250 milhões em investimentos. O equipamento, de classes 7, 8 e 9, comporta plataformas de 40, 45 e 50 pés e capacidade graneleira de até 17 mil litros. Adaptada para terrenos com até 14% de declive, a máquina promete até 70% menos compactação na versão em esteira.

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Source: Rural

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