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A expectativa é que o aporte de R$ 500 milhões para financiamento de estocagem e comercialização do arroz tire a pressão dos preços (Foto: Marcelo Curia)

 

Os produtores de arroz terão R$ 500 milhões disponíveis para financiamento de estocagem e comercialização do produto. Os recursos são do Banco do Brasil a taxa de juros de 8,5% ao ano. O anúncio foi feito pelo secretário de Política Agrícola, Eduardo Sampaio Marques, do Ministério da Agricultura, durante a cerimônia da 29ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz, na cidade gaúcha de Capão do Leão, na sexta-feira (22/02).

"A expectativa é de que esse aporte de recursos tire um pouco da pressão dos preços, nesse momento em que os produtores estão começando a colheita do grão", afirmou o secretário, em comunicado.Medidas de apoio ao produtor de arroz estão sendo estudadas pelo governo, adiantou Sampaio, como a criação de um fundo de aval para possibilitar o acesso ao crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) de refinanciamento da dívida.

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Segundo o secretário, "a linha do BNDES foi criada no ano passado, mas a adesão foi insignificante, porque é cara e os bancos estão refratários em aplicá-la pela falta de garantias. Com o fundo de aval, espera-se melhorar o desempenho. A negociação para repactuação de dívidas foi fruto da ação dos parlamentares da Frente Parlamentar da Agropecuária em reunião com Ministério da Economia realizada na semana passada.O Departamento de Gestão de Riscos, em conjunto com as representações dos produtores de arroz, vai estudar melhorias nos produtos de seguro para a cultura do arroz junto com as seguradoras."O objetivo é melhorar as coberturas e condições gerais do seguro para a cultura. Estamos também melhorando o zoneamento agrícola de risco climático para o arroz", salienta.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) está realizando revisão na metodologia do cálculo do custo de produção para dar suporte ao preço mínimo. Os técnicos da Conab estão em contato com a Federação das Associações de Arrozeiros do RS (Federarroz) e Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA). "Já houve painéis de levantamento de custos em Pelotas, Cachoeira do Sul e Uruguaiana. Faltam as lavouras do município de Santo Antônio da Patrulha".

Em relação à importação de arroz dos países Mercosul, Eduardo Sampaio disse que há possibilidade de negociação de acordos voluntários de restrição às exportações. "O setor privado brasileiro deverá procurar a sua contraparte nos países do Mercosul para tratar do assunto".

O ministro de Agricultura do Paraguai, Denis Lichi, vai se reunir com a ministra Tereza Cristina, nos próximos dias, e a comercialização do arroz vai estar na pauta do encontro. O governo federal está negociando também a abertura de novos mercados para o arroz em casca e beneficiado. De acordo com Eduardo Sampaio, "Panamá e Guatemala estão com negociações em curso. Com o México, foram concluídas as negociações para acesso do arroz beneficiado e estamos aguardamos decisão das autoridades mexicanas".

Na terça-feira (26/02), a ministra da Agricultura também terá uma audiência, em Brasília, com a representação dos produtores, da indústria e do varejo para tratar da comercialização o arroz.

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Source: Rural

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