Os produtos biológico e naturais, as chamadas “biossoluções”, que eram destaque na Arysta, respondem por 8% das vendas da nova empresa, que pretende no curto prazo ampliar para 20% (Foto: Pixabay)
A empresa indiana UPL Limited (UPL) anunciou hoje a conclusão de compra da Arysta LifeScience, da empresa norte-americana do setor químico Platform Specialty Products (PSP), por US$ 4,2 bilhões. A transação foi anunciada em julho de 2018 e passados seis meses conseguiu aprovação pelos órgãos de controle da concorrência de todos os país.
O último mercado a se manifestar foi a União Europeia, que aprovou a transação, sem qualquer restrição, em janeiro deste ano. Carlos Pellicer, líder estratégico global de integração da UPL, comemora a aprovação e diz que em todos país o negócio foi aprovado sem restrição, o que comprova que “as duas empresas se complementam”.
Com a compra, a UPL passa a ocupar a quinta posição global entre as indústrias de defensivos agrícolas, com faturamento da ordem de R$ 5 bilhões e um EBITDA (lucro antes dos impostos) de R$ 1 bilhão. A UPL está presente em 76 países e vende para 130 países, sendo que o Brasil é o principal mercado, com vendas da US$ 1 bilhão.
No Brasil, a empresa será comandada por Fabio Torretta, que era líder da Arysta na América Latina. Em entrevista coletiva, ele falou sobre o lançamento do novo objetivo da empresa, chamado “OpenAg”, que será uma rede agrícola aberta a parcerias, com produtores, revendas, startups e rede de varejo e outros agentes da cadeia, visando antecipar as pressões regulatórias do mercado, por meio da rastreabilidade e certificações.
Entre as grandes do setor, a UPL é a única que não tem em seu portfólio organismos geneticamente modificados (OGM), embora tenha uma área de sementes. Carlos Pellicer diz que isto não é um problema, porque “não existe uma solução milagrosa”; defendeu a importância das pesquisas sobre OGM; e disse que que a UPL “vai ajudar a resolver os problemas que eles vão causar”.
Os produtos biológico e naturais, as chamadas “biossoluções”, que eram destaque na Arysta, respondem por 8% das vendas da nova empresa, que pretende no curto prazo ampliar para 20%. A UPL tem fábricas de sínteses (princípio ativo) na Índia, França, Colômbia, Holanda e na China. As fábricas de formulações estão espalhadas por 15 países, sendo duas plantas no Brasil.
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Source: Rural