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Marcio Milan (ABRAS), Percival Maricato (ABRASEL), Adilson Carvalhal Júnior (diretor da importadora Casa Flora e presidente do conselho da ABBA), Marcio Marson (MMarson Wine Consulting e idealizador da Pró-Vinho) e Oscar Ló (IBRAVIN) (Foto: Guilherme Bessa)

 

Você sabia que o vinho tem poderosas propriedades antioxidantes, melhora o sistema cardiovascular e o humor e pode ser consumidor em qualquer época do ano em diversas ocasiões? Branco, rosé, tinto, brut, demi-sec, suave, em drinks como a sangria… tem para todos os gostos e tipos de harmonizações.

É essa a mensagem que uniu toda a cadeia produtiva e de comercialização de vinhos numa só campanha: incentivar o consumo e a cultura do vinho no Brasil. Promovida pelas entidades ABBA (Associação Brasileira dos Exportadores e Importadores de Bebidas), Abras (Associação Brasileira de Supermercados), Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) e Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), além de profissionais de diferentes áreas, o Pró-Vinho vai disponibilizar uma plataforma online para divulgar e compartilhar informações de mercado para favorecer o aumento do consumo.

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O Brasil é hoje o 17° no ranking de países consumidores no mundo, com cerca de com 0,338 bilhões de litros ao ano (cerca de 1,9 litro per capita/ ano), bem atrás de países como os Estados Unidos, que consomem 3,2 bilhões de litros ao ano. São menos de 30 milhões de brasileiros (num universo de 180 milhões com mais de 18 anos, que podem beber) que consomem vinho ao menos uma vez por mês.

Segundo Adílson Carvalhal Júnior, presidente do conselho deliberativo da Abba, o consumo de vinhos no Brasil está estagnado há anos, mesmo com o aumento da produção. “Nosso país ainda é muito cervejeiro, tem um apelo muito forte e que acaba sendo um concorrente muito forte do setor. A gente está começando a aprender a tomar vinho branco, rosé (em clima tropical)”, ressalta.

Vinhos brancos e rosé são boas pedidas no verão (Foto: Thinkstock)

Do total consumido no Brasil, cerca de 65% são de vinhos nacionais e 35% importados. Além do aumento da produção brasileira, com o crescimento de áreas de cultivo de uva em diferentes partes do país, a preferência nacional também é impulsionada pelos preços: a carga tributária dos vinhos importados chega até a 65%. Além disso, de acordo com Carvalhal Júnior, a burocracia, lentidão dos portos e a concorrência com a cerveja – que ainda é uma preferência do brasileiro – dificultam o acesso aos produtos importados.

“Importar aqui no Brasil não é fácil, porque o sistema não colabora para que a importação seja algo que flua melhor, tem ainda a alta carga de impostos, que é um produto que deveria ser como em outros países, com uma tributação melhor”, completa.

A agricultura familiar é base da cadeia produtiva, voltada para a produção de vinhos e sucos de uva, com 15 mil famílias no Rio Grande do Sul e cerca 5 mil famílias em Santa Catarina, os maiores polos agrícolas de uva do país.
Source: Rural

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