Skip to main content

Captação de água diretamente do Rio Paraopeba, feita por ribeirinhos e produtores rurais, deve ser interrompida (Foto: Lalo de Almeida / Ed.Globo)

 

A Defesa Civil de Minas Gerais reforçou, nesta quinta-feira (31/1), a recomendação de que não se use água captada diretamente do Rio Paraopeba para consumo próprio ou para uso na atividade agropecuária. O governo de Minas havia emitido um comunicado alertando sobre riscos à saúde humana e animal por conta do rompimento da barragem 1 da Mina do Feijão, de propriedade da Vale, em Brumadinho (MG).

“Temos abaixo do Rio Paraopeba algumas captações de água por ribeirinhos e proprietários. Esta captação, não feita através de empresas, como a Copasa, deverá ser interrompida. As pessoas que estão nesse caminho não devem utilizar essa água diretamente no rio”, disse, em entrevista coletiva, o tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador adjunto da Defesa Civil.

O tenente-coronel Flávio Godinho informou que estão sendo monitorados pelo menos 22 pontos de captação direta da água do Rio Paraopeba. E há um estudo de comunidades e de pessoas que se utilizam do curso d’água diretamente como manancial para consumo e para a produção agropecuária.

+ SOS Mata Atlântica anuncia expedição ao longo do Rio Paraopeba
+ Lama da barragem atingiu área de quase 270 hectares em Brumadinho

Ainda conforme o tenente-coronel, os órgãos públicos vão providenciar a entrega de água para essas regiões. Acrescentou que, em uma reunião realizada na manhã desta quinta-feira (31/1), ficou definido que a Vale será responsável por prover esse abastecimento.

Agricultores da região perderam suas plantações, especialmente de hortaliças. Grande parte foi atingida pela lama. O que sobrou das hortas não pode ser irrigado por conta da impossibilidade de se captar a água. 

O Ministério da Agricultura estima prejuízos para cerca de 180 produtores rurais só em Brumadinho. Contando com outras cidades a serem atingidas pela lama, a Federação dos Trabalhadores da Agricultura de Minas (Fetaemg) estima que esse número chegue a 400.

Abastecimento garantido

Em relação às regiões cuja água é provida pela companhia de saneamento, o coordenador adjunto da Defesa Civil descartou a possibilidade de desabastecimento. O sistema Paraopeba, por exemplo, continua íntegro, disse ele, e teve a captação de água interrompida de forma preventiva.

“A interrupção da captação de água no sistema Paraopeba não representa nenhum desserviço e nenhuma falta de entrega de água com qualidade pela Copasa”, garantiu.

Está quinta-feira (31/1) é o sétimo dia de buscas por vítimas da tragédia, ocorrida no última sexta-feira (25/1). A contagem oficial até este momento é de 99 mortos e 257 desaparecidos. Também nesta quinta, as forças de Israel, que vieram dar apoio ao trabalho dos policiais e bombeiros, encerraram sua participação nas operações de resgate.

Curte o conteúdo da Globo Rural? Ele também está no Globo Mais. Nesse aplicativo você tem acesso a um conteúdo exclusivo e às edições das melhores publicações do Brasil. Cadastre-se agora e experimente 30 dias grátis.
Source: Rural

Leave a Reply