cana-usina-etanol (Foto: Globo Rural)
A produção industrial nacional subiu 0,2% em outubro frente a setembro (série com ajuste sazonal), registrando a primeira taxa positiva após três meses de quedas sucessivas, que acumularam redução de 2,7% na atividade. O estudo mostra que na comparação com outubro de 2017 (série sem ajuste sazonal), a indústria brasileira cresceu 1,1%, após queda de 2,2% em setembro.
Segundo o IBGE, os índices acumulados do ano (1,8%) e nos últimos doze meses (2,3%) continuam positivos, mas o setor mostrou perda de ritmo frente aos meses anteriores. “A alta de 0,2% da indústria na passagem de setembro para outubro de 2018 mostrou taxas positivas em duas das quatro grandes categorias econômicas e em 17 dos 26 ramos pesquisados.”
Entre as atividades, as influências positivas mais relevantes foram: indústrias extrativas (3,1%), máquinas e equipamentos (8,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (3,0%) e bebidas (8,6%). “Vale destacar que esses setores mostraram resultados negativos em setembro: -0,7%, -11,4%, -5,2% e -9,4%, respectivamente.”
Os pesquisadores do IBGE destacam que entre os nove ramos que registraram queda em outubro, os desempenhos de maior relevância foram de produtos alimentícios (-2,0%), metalurgia (-3,7%) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-1,2%). A indústria alimentícia acumula redução de 8,4% em quatro meses consecutivos de taxas negativas.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação a setembro, a de bens de consumo duráveis (4,4%) mostrou o maior avanço em outubro de 2018, influenciada, em grande parte, pela maior produção de automóveis. Esse segmento reverte o comportamento predominantemente negativo desde julho, período em que acumulou perda de 7,2%.
O segmento de bens de capital (1,5%) também cresceu nesse mês, eliminando parte do recuo de setembro (-1,8%). Já os setores produtores de bens intermediários (-0,3%) e de bens de consumo semi e não-duráveis (-0,2%) tiveram resultados negativos, com o primeiro alcançando o terceiro mês seguido de queda na produção, com recuo de 3,8% nesse período; e o segundo acumulando queda de 2,7% em quatro meses consecutivos de taxas negativas.
Desempenho em 2018
Conforme o IBGE, no índice acumulado até outubro deste ano, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial mostrou expansão de 1,8%, com resultados positivos em três das quatro grandes categorias econômicas, 19 dos 26 ramos, 45 dos 79 grupos e 52,2% dos 805 produtos pesquisados.
Os pesquisadores comentam que entre as atividades, a de veículos automotores, reboques e carrocerias (15,8%) exerceu a maior influência positiva, impulsionada, em grande parte, pelos itens automóveis, caminhão-trator para reboques e semirreboques, caminhões, reboques e semirreboques e autopeças.
Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de metalurgia (5,2%), de celulose, papel e produtos de papel (6,0%), de máquinas e equipamentos (4,5%), de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (1,5%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (6,2%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (4,4%), de produtos de metal (3,0%), de indústrias extrativas (0,6%) e de produtos de borracha e de material plástico (2,3%).
Entre as sete atividades em queda, a de produtos alimentícios (-4,5%) deu a maior contribuição negativa à indústria, pressionada, em grande medida, pelos itens açúcar cristal e VHP, carnes e miudezas de aves congeladas, rações e sucos concentrados de laranja. “Vale destacar também os resultados negativos de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-3,7%) e de couro, artigos para viagem e calçados (-3,4%).”
Source: Rural