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Ricardo Salles foi candidato por São Paulo(Foto: Reprodução Facebook)

 

Cotado para assumir o Ministério do Meio Ambiente no governo de Bolsonaro, o advogado Ricardo Salles, ex-secretário de Meio Ambiente de São Paulo, foi denunciado pelo Ministério Público Estadual. O órgão pede sua condenação ao pagamento de R$ 70 milhões, por prática de atos de improbidade administrativa.

Segundo a denúncia, o ex-secretário teria adulterado mapas para a aprovação de projetos “com a clara intenção de beneficiar setores econômicos, notadamente a mineração, e algumas empresas ligadas à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp)”.

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A ação diz respeito ás investigações sobre alteração de vários mapas de zoneamento do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental da Várzea do Rio Tietê, criada em 1987, com 7.400 hectares, abrangendo doze municípios da região metropolitana de São Paulo: Salesópolis, Biritiba-Mirim, Mogi das Cruzes, Suzano, Poá, Itaquaquecetuba, Guarulhos, São Paulo, Osasco, Carapicuíba, Barueri e Santana de Parnaíba.

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A denúncia relata que foram modificados mapas elaborados pela Universidade de São Paulo e a própria minuta de decreto do Plano de Manejo da APA. “Alguns funcionários da Fundação Florestal foram pressionados a elaborar mapas que não correspondiam à discussão promovida pelo órgão competente. Posteriormente, alguns funcionários foram perseguidos.”

Outras investigações

Salles também foi investigado pelo Ministério Público Estadual por intermediar processos administrativos e outras atividades supostamente ilícitas na Junta Comercial de São Paulo.
Segundo a Ministério Público: "nota-se a presença de outros inquéritos instaurados para apurar as práticas criminosas envolvendo a empresa BNE Administração de Imóveis S/A que contratou o advogado Ricardo de Aquino Salles, ex-secretário do meio ambiente da atual gestão executiva para atuar junto a Jucesp facilitando os procedimentos internos em benefício da empresa supracitada."

Pontuou ainda o Ministério Público: "em tese, caracteriza-se crimes diversos: estelionato, formação de quadrilha, fraude processual, lavagem de capitais, ocultação de bens e outros ainda a serem apurados, o que demonstra o vulto da presente investigação detalhada, ouvindo-se todos os envolvidos e eventuais testemunhas dos fatos."

O advogado é investigado em dezenas de inquéritos policiais e civis, por supostos atos de improbidade administrativa, fraudes em documentos e em diversos processos, além de intimidações contra testemunhas.

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Source: Rural

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